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Capítulo 92

Texto Original

Caput XCII

Qualiter corpus tractandum est, ut non murmuret.

 

129 
1 Dixit etiam aliquando sanctus: “Fratri corpori cum discretione providendum est, ne ab eo tempestas commoveatur acediae. 
2 Ut enim non taedeat ipsum vigilare et reverenter in oratione persistere (cfr. Tob 3,11), tollatur ei occasio murmurandi. 
3 Diceret enim: ‘Fame deficio (cfr. Lam 2,19), tui exercii sarcinam ferre non valeo’. 
4 Quod si postquam sufficientem vorasset annonam, talia mussitaret, scito pigrum iumentum indigere calcaribus, et inertem asellum stimulum exspectare”. 
5 Hoc solo documento dissona fui manus a lingua in patre sanctissimo. 
6 Corpus enim suum utique innocens flagellis et penuriis subigebat, multiplicans ei vulnera sine causa (cfr. Prov 23,29). 
7 Nam et calor spiritus ita iam levigaverat corpus, ut anima sitiente in Deum, sitiret et quam multipliciter caro (cfr. Ps 62,2) illa sanctissima.

Texto Traduzido

Caput XCII

Como se deve tratar o corpo, para que não se queixe.

 

129 
1 Uma vez, o santo também disse: “Devemos cuidar discretamente do irmão corpo, para que não levante a tempestade da tristeza. 
2 Para que não se enjoe de vigiar e possa perseverar devotamente em oração, tiremos-lhe as oportunidades de se queixar: 
3 Pois diria: ‘Estou morrendo de fome, não aguento o peso de teu exercício’. 
4 Mas, se vier com essas queixas depois de ter devorado uma ração suficiente, podeis saber que o jumento vagabundo está precisando de esporas, e que o burrinho empacado está esperando chicote”. 
5 Só neste ponto o santíssimo pai foi incoerente entre o que disse e o que fez. 
6 Porque submeteu seu corpo inocente com pancadas e privações, multiplicando seus ferimentos sem necessidade. 
7 Porque o ardor de seu espírito já tinha tornado tão leve seu corpo que, quanto mais sua alma tinha sede de Deus, maior era a mesma sede também em sua carne santificada.