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68. Resistência de alguns irmãos

Texto Original

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1 Si vero aliquis frater voluerit dicere, cur beatus Franciscus tempore suo ita strictam paupertatem, sicut dixit fratri Ricerio, non fecit fratribus observari et observandam non mandavit, 
2 nos vero qui cum ipso fuimus (cfr. 2Pet 1,18) ad hoc respondemus, sicut audivimus ex ore eius, quoniam ipse fratribus hoc et alia plurima dixit ac etiam in Regula plura scribi fecit que cum assidua oratione et meditatione a Domino postulabat pro utilitate Religionis, affirmans eam penitus esse Domini voluntatem. 
3 Sed, postquam eis ostendebat, gravia et importabilia (cfr. Mat 23,4) ipsis videbantur, ignorantes tunc que ventura erant in Religione post mortem eius. 4 Et quia plurimum timebat scandalum in se et in fratribus, nolebat cum ipsis contendere; sed condescendebat, licet non voluntarie, voluntati eorum, et coram Domino se excusabat. 5 Sed, ut non reverteretur ad Dominum vacuum verbum (cfr. Is 55,11) suum, quod in ore eius ponebat (cfr. Ex 4,15) pro utilitate fratrum, volebat in se implere, ut mercedem inde a Domino consequeretur, et ad ultimum in hoc quiescebat, et consolabatur spiritus eius.

Texto Traduzido

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1 Mas se algum frade quiser dizer: por que o bem-aventurado Francisco, no seu tempo, não fez os frades observarem uma pobreza tão estrita como a que disse a Frei Ricério, e não mandou observá-la, 
2 nós que estivemos com ele responderemos a isso, como ouvimos de sua boca, porque ele mesmo disse isso e muitas outras coisas aos frades e também mandou escrever na Regra muitas coisas que pedia ao Senhor com assídua oração e meditação, pelo bem da religião, afirmando que essa era certamente a vontade do Senhor. 
3 Mas, depois que as mostrava a eles, pareciam-lhes graves e insuportáveis, ignorando então o que aconteceria na ordem depois da morte dele. 
4 E como temia muito um escândalo em si e nos frades, não queria discutir com eles; mas condescendia, ainda que sem querer, à vontade deles, e se escusava diante de Deus. 
5 Mas, para que não voltasse vazia para deus a palavra que punha em sua boca para a utilidade dos frades, queria cumpri-la em si, para conseguir por isso a mercê de Deus, e no fim aquietava-se nisso e consolava seu espírito.