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Morre frei Achylles Chiapin

10/02/2016 - 08h30
O sepultamento será no memorial dos Capuchinhos em Porto Alegre

    Frei Achylles Chiappin faleceu na Casa São Frei Pio, em Caxias do Sul, às 17h15 da tarde desta terça-feira 9 de fevereiro,  de parada cardiorrespiratória e falência de múltiplos órgãos, em consequência de câncer com metástase óssea e em vários órgãos. Tinha 83 anos, 65 de religioso capuchinho e 58 de presbítero.

 

    Está sendo velado em  Porto Alegre, desde as 7 horas desta quarta-feira, dia 10, na capela do Convento São Lourenço de Brindisi, junto à Paróquia Santo Antônio do Partenon, morro Santo Antônio.

 

    O sepultamento com missa de corpo presente às 15 horas, na matriz Santo Antônio do Partenon, na missa de Quarta-feira de Cinzas. O sepultamento será no Memorial dos Capuchinhos de Porto Alegre, junto ao Convento São Lourenço.

História

    Frei Achylles, que vivia na Fraternidade São Judas Tadeu, em Porto Alegre, havia sido transferido do Hospital Mãe de Deus (onde estava internado há 10 dias) na última sexta, 5, para a Casa São Frei Pio, junto ao Convento Imaculada Conceição, em Caxias do Sul,  ainda bastante debilitado.

     Nasceu em Caxias do Sul em 7 de novembro de 1932, filho de Aquelino Chiappin e Thereza Nichele Chiappin. De uma família de quatro irmãos, estudou no Colégio La Salle. Ingressou no seminário São José, de Veranópolis em 21.12.1944, seguiu para o seminário de Ipê (1947) e para o seminário São Geraldo de Ijuí (1949) onde concluiu o então ciclo de estudos do I e II graus. Após o ingresso na fraternidade, vestindo o hábito capuchinho e adotando nome de frei Clarindo, em 1950, fez o noviciado em Flores da Cunha, com a profissão dos votos religiosos em 11.02.1951.

    No Convento São Boaventura, de Marau, realizou os estudos de Filosofia (1951-1953), e, nos conventos São Francisco de Assis, de Garibaldi, e São Lourenço, de Porto Alegre, os estudos de Teologia (1954-1957). Foi ordenado presbítero por Dom Vicente Scherer, em 22.03.1958, na matriz Santo Antônio do Partenon, em Porto Alegre.

    Realizou estudos de aperfeiçoamento, graduando-se em Pedagogia (1962) e com licenciatura (1964) pela Faculdade de Filosofia de Passo Fundo. Na Faculdade Santa Úrsula (Rio de Janeiro), fez o Curso de Formação de Orientadores Educacionais (1970) e, em Nova Iorque (USA), frequentou  a School of General Studies da Columbia University, para o curso de inglês no American Lenguage Program (1971). Estando em Roma como vice-reitor do Colégio Internacional São Lourenço de Brindes (1989-1994) frequentou a Universidade Lateranense, obtendo licença em Teologia Pastoral. Fez, também, inúmeros cursos de extensão universitária nas áreas da psicologia, relações humanas e familiares e orientação pedagógica.

     Em razão de sua formação proferiu palestras e foi orientador pedagógico, inclusive em casas de formação da Província. Foi professor na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ijuí (1960-1964), no curso de Psicologia da Faculdade de Filosofia de Passo Fundo e na PUCRS.

    Desde 1973 viveu em Porto Alegre, onde integrou as fraternidades São Lourenço de Brindesi, São Lucas e São Judas Tadeu (nos últimos quatro anos). Atuou na pastoral paroquial (Tramandaí e Belém Novo), aconselhamento e pastoral hospitalar. À pastoral hospitalar dedicou-se ainda em 1979. Iniciou no Hospital São Lucas/Pucrs (1979-1988) e continuou no Hospital Psiquiátrico São Pedro (1997), Hospital Mãe de Deus (1998-1999), Hospital de Clínicas (2006-2011) e Instituto de Cardiologia (desde 2012).

     Sua estadia em Porto Alegre foi interrompida de 1989 a 1994, quando foi vice-reitor do Colégio Internacional São Lourenço de Brindesi (Roma) e, de maio a outubro de 2003 e de 2004, quando prestou assistência pastoral aos peregrinos do santuário Madonna delle Grazie (São Frei Pio de Pietrelcina), em San Giovanni Rotondo, na região da Puglia, sul da Itália).

     Em Porto Alegre, atuou como Vigário Paroquial na Paróquia Nossa Senhora de Belém, em assessorias e capelanias de hospitais e colégios e na Pastoral do Aconselhamento (Paróquia Santo Antônio).

    Em 1983 celebrou o jubileu de prata de ordenação sacerdotal; em 2001, o jubileu de ouro de profissão religiosa e, em 2008, o jubileu de ouro de ordenação presbiteral. Em 2002 recebeu o título de “Cidadão Emérito de Porto Alegre”, concedido pela Câmara de Vereadores de Porto Alegre.

    Entre outros livros, publicou “Frei Salvador Pinzetta: uma vida de oração e trabalho” (1988), “Compreensão da psicologia masculina e feminina” (1996) e “Características fundamentais da personalidade do educador” (1997).

    Em 2002 recebeu o título de “Cidadão Emérito de Porto Alegre”, concedido pela Câmara de Vereadores de Porto Alegre.           

    Frei Achylles, segundo os que há mais tempo com ele conviviam, tinha a marca do otimismo (“de bem para melhor” era sua permanente auto avaliação, parecendo não levar a sério a própria doença), bom humor, atenção e cordialidade, sempre com uma sofisticada simplicidade e permanente disponibilidade.  Era um semeador de simpatia com grande retorno de amizades. Era um frade feliz, realizado e, sem dúvida, foi o motivo do sorriso e da felicidade de muitas pessoas.

Fonte: Capuchinhos do Brasil /CCB

Por Frei João Carlos Romanini (Frat. Imaculada Conceicao)

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