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Frei Nelson Simonetto

15/08/1924
15/07/1996

Veranópolis - RS

 

Destacou-se na Pastoral. Foi o responsável pela construção da Matriz da Imaculada Conceição e conclusão das obras do salão paroquial, sede recreativa e da praça. Marcou pela presença alegre, criativa e entusiasta.

 

Registro
Ingressou no Seminário Seráfico São José, Veranópolis, no dia 27.10.1937, foi recebido pelo Fr. Alberto Stawinski. Fez seus estudos nas casas de formação da Província. Professou o dia 06.01.1945, recebeu o nome religioso de frei Nelson de Alfredo Chaves, nas mãos do frei José de Bento Gonçalves, em Flores da Cunha. Foi ordenado presbítero, por Dom José Baréa, no dia 24.1.1950, em Garibaldi. Iniciou seu ministério pastoral em Pelotas(1952-1956), como vigário, depois, como pároco; em Caxias do Sul(1957-1975), primeiramente como missionário, depois como pároco da Imaculada Conceição. Dirigiu a paróquia por 13 anos, em dois períodos distintos, sendo o responsável pela construção da atual e imponente Matriz(1961), conclusão das obras do salão paroquial(1968) da Sede Recreativa São Francisco de Assis(1971) e da praça da Igreja(1973). Comemorou no dia 28.12.1975, solenemente, as Bodas de Prata de Sacerdócio. Foi homenageado, na Câmara Municipal, no dia 29.11.1977, recebendo o Título de Cidadão Caxiense. Em Bagé(1976-1982), pároco; em Dom Pedrito(1982-1992), pároco; em Vila Flores (1992-1994), pároco. No dia 17.02.1995, foi homenageado como Destaque Comunitário, recebeu o Troféu Estafeta, concedido pelo Jornal Estafeta. Neste ano, sentindo-se cansado, solicita "ano sabático" a ser passado na Comunidade Rural Fátima, em Ipiranga do Sul. Na noite do dia 12, em casa, sentiu-se mal, afetado por uma forte gripe. Na manhã seguinte levado ao hospital de Estação, no dia 14, internado no Hospital de Passo Fundo, Todo o esforço e dedicação dos médicos foi inútil. Faleceu devido a uma anemia aguda em conseqüencia de hemorragia interna, às 8horas, do dia 15.07.1996, no Hospital São Vicente em Passo Fundo, cercado pelos confrades. Contava 72 anos incompletos. A missa de corpo presente foi presidida pelo Ministro Provincial, Frei Aldo Colombo, concelebrada por mais de 60 presbíteros. Pe. Arduino Lazzari, representando o Bispo Diocesano e elevado número de Irmãos estavam presentes. Foi sepultado no jazigo dos Frades Capuchinhos, Cemitério Municipal de Vila Flores/RS.

 

Informações pessoais
LYDIO SIMONETTO - Filho de Antonio Simonetto e Pierina Simonetto

Frei Adriano Luiz Piccoli (Luiz Piccoli)

06/01/1929
15/07/2013

Sacerdote.

Nasceu no dia 06 de janeiro de 1929 em Marau/RS. Filho de Rosa Biasus e Antônio Piccoli.

  • Ingressou no Seminário no dia 16 de fevereiro de 1941 em Veranópolis/RS.
  • Profissão Temporária no dia 19 de janeiro de 1948 em Flores da Cunha/RS.
  • Profissão Solene no dia 19 de janeiro de 1951 em Garibaldi/RS.
  • Ordenação Diaconal no dia 06 de julho de 1955 em Garibaldi/RS.
  • Ordenação Presbiteral no dia 06 de janeiro de 1956 em Marau/RS por Dom Cláudio Colling.

 

Na Província do Rio Grande do Sul trabalhou em Veranópolis e alguns meses em São José do Ouro.

Em 1957 integrou-se à atual Província do Brasil Central como missionário e trabalhou em Três Lagoas/MS, Goiânia/GO, Hidrolândia/GO, Camapuã/MS, Jaraguá/GO, Rio Verde/GO, Piracanjuba/GO, Cromínia/GO, Professor Jamil/GO, Montividiu/GO e Brasília/DF. Destacou-se nas Missões Populares (9 anos), na Pastoral Paroquial e nos trabalhos braçais.

Faleceu no ano de 2013 em Hidrolândia/GO de infarto enquanto trabalhava na chácara. Foi velado no dia 16 em Hidrolândia/GO e sendo sepultado em Anápolis/GO.

Estava com 84 anos, 65 de vida religiosa e 57 de Presbítero.

Era dotado de uma excelente memória (fatos, datas, nomes de pessoas e lugares). Frade austero, determinado, destemido, desbravador, muito corajoso, simples e dedicado aos pobres.

Frei Fidélis de la Motte-Servolex

24/04/1866
17/07/1934

Motte Servolex - França

 

Destacou-se como Missionário. Construiu a Gruta de Veranópolis, a primeira do estado e, é o responsável pela propagação da devoção à Nossa Senhora de Lourdes.

 

Registro
Professou no dia 16.09.1883, e foi ordenado presbítero no dia 06.09.1891, na Província de Sabóia. Seus primeiros 11 anos de vida sacerdotal, ocupou-os na pregação de Missões Populares na Província. Era dotado de grandes recursos oratórios. Veio para a Missão Capuchinha do Rio Grande do Sul, no ano de 1902. Atuou em Vacaria(1903), como coadjutor; em Veranópolis(1904), como pároco; em 1905, para afastar a terrível praga dos gafanhotos, prometeu, como agradecimento, construir uma gruta em louvor a N. Sra de Lourdes, foi a primeira do estado. Em 1906, foi destacado como pregador nas Missões Populares, utilizou o mesmo método, usado em Sabóia. Bom número de paróquia e capelas da região de colonização italiana, região de Vacaria e Lagoa Vermelha, foram missionadas. Por sugestão de frei Luis de la Vernaz, no ano de 1911, organizou juntamente com frei José Cherubini a coleção dos Cantos Sacros Populares, "Lodi Sacre", que no ano de 1941, foi traduzido para o português , com o título "CANTAI AO SENHOR", foi utilizado até 1970. Zeloso e infatigável, continuou até 1918. Depois, passou a cuidar da Colônia de Jaguari, na região de Santa Maria. Chamado pelos Superiores, retorna a Savóia (França), em 1919. Atuando com o mesmo brilho e êxito, como missionário. Faleceu no dia 17.07.1934, em Annecy (França), onde foi sepultado. Contava 68 anos.

 

Informações pessoais
JEAN-MARIE ROUTIN,

Frei Santos Carlos Coloda

01/11/1937
19/07/2013

Flores da Cunha

 

Destaque especial merece sua atuação junto à Causa de Beatificação de Frei Salvador Pinzetta. Ele foi coautor do livro “Sou o que Sou diante de Deus”. Para sua elaboração, além de pesquisas, recolheu muitos depoimentos orais, hoje preservados em CDs. Conservou, assim, imensa riqueza de dados sobre Frei Salvador, os quais corriam o risco de se perder. Por fim foi nomeado pelo Provincial como “Auxiliar da Postulação”, e participou de todos os trabalhos do Inquérito diocesano (foto), muitas vezes como fotógrafo

 

Registro
Faleceu no Hospital da Unimed, em consequência de complicações cardiopulmonares. Tinha 75 anos de idade, 56 de vida religiosa e 47 de vida sacerdotal. Foi velado e sepultado na Comunidade São João Batista, Linha Cavour, Flores da Cunha, onde nasceu. A missa de despedida foi presidida por Frei Darci Vazatta, conselheiro provincial e concelebrada por oito sacerdotes. Na homilia, Dom Ângelo Domingos Salvador destacou os valores do exercício da vida sacerdotal de Frei Santos Carlos, lembrando que nos últimos anos, devido às condições de saúde, foi um homem do silêncio e da oração. Presentes também pós-noviços e irmãos capuchinhos, membros da Ordem Franciscana Secular (que prestaram homenagem especial), familiares e comunidade, 
Há vários anos enfrentava problemas cardiológicos e coronarianos, com hospitalizações de até seis meses, como aconteceu em 2010. 

 

Informações pessoais
Era filho de Luiz Coloda e Madalena Zin Coloda e o primogênito de dez irmãos. A irmã Lourdes é religiosa das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração de Jesus.
Entrou no seminário de Vila Flores em 1950, vestiu o hábito capuchinho e fez o noviciado em 1956, a profissão dos votos religiosos na Ordem capuchinha em 1957 e foi ordenado presbítero em 1965. 

 

Viveu nas fraternidades capuchinhas de Ipê, Porto Alegre (São Lourenço, São Judas e São Lucas), Pelotas, Vacaria, Caxias do Sul (Imaculada), Veranópolis, Marau (Camargo), Soledade (Barros Cassal) e Flores da Cunha. Foi professor no Seminário de Ipê, Vigário Paroquial em Belém Novo (Porto Alegre), Pelotas e Soledade, missionário popular durante sete anos e atuou no Correio Riograndense e Rádio Veranense. 
Foi pároco em Camargo, Barros Cassal e Segredo; capelão dos hospitais Psiquiátrico São Pedro, Clínicas e São Lucas/Puc, em Porto Alegre; assistente regional da OFS. 
Após os estudos seminarísticos, licenciou-se em Filosofia em Ijuí, cursou pastoral catequética no ISPAC/Cnbb-Sul 3 e fez especialização em comunicação audiovisual na Universidade Pro Deo, em Roma. 
Durante mais de 50 anos foi um entusiasta da causa dos meios 
audiovisuais e da comunicação social. 
Foi colaborador e colunista em jornais de Pelotas e Soledade e fez programas em emissoras como a Rádio Fátima de Vacaria, Cristal de Soledade, Veranense, de Veranópolis. 

 

Recebeu o título de Cidadão Honorário de David Canabarro (1984). É autor e coautor (como os irmãos Antônio e Valentim Coloda) de várias obras, entre elas “Sabedoria dos para-choques”, “Os 110 anos da capela São João Batista do Travessão Cavour, em Flores da Cunha” e “Nova Trento: seus religiosos e religiosas, nos 125 anos da Colonização Italiana”. Recebeu o Troféu Microfone de Prata da Unda/CNBB, em 1993, por programa radiofônico na Rádio Veranense, de Veranópolis. Em 1991 celebrou o jubileu de prata de ordenação presbiteral e, em 2007, o jubileu de ouro de vida religiosa, ambos em sua comunidade natal. 

Frei Emiliano Costella

07/09/1924
20/07/2004

Veranópolis - RS

 

 

PASTOR E EDUCADOR

 

Registro
Frei Emiliano Costella (Rainelli Costella) faleceu em Porto Alegre, no Hospital Ernesto Dorneles a 20 de julho de 2004, de câncer, foi sepultado no Cemitério Municipal de Veranópolis, após a missa, concelebrada na Gruta Nossa Senhora de Lourdes, por 45 sacerdotes, presidida por Dom Frei Osório Beber. Entrou no Seminário de Veranópolis a 10-2-1936, recebendo o hábito capuchinho no Convento Sagrado Coração de Jesus, em Flores da Cunha, a 5-1-1943, onde proferiu os votos religiosos temporários, a 6-1-1944, e os votos definitivos no Convento São Boaventura de Marau a 6-1-1947.

 

Realizou os estudos de Filosofia em Marau, e de Teologia em Garibaldi 17-12-1949 e Porto Alegre, onde recebeu a ordenação sacerdotal de Dom Vicente Scherer na Paróquia Santo Antônio do Partenon a 16-7-1950. Em seus 53 anos de sacerdócio, dividiu-se entre a pastoral paroquial, educacional e hospitalar. Por 21 anos exerceu a pastoral paroquial nestas paróquias: 3 anos na Paróquia São Judas Tadeu de Porto Alegre; 5 anos na Paróquia São Luís Gonzaga de Veranópolis; 3 anos na Paróquia São Sebastião de André da Rocha; 9 anos na Paróquia Santa Teresinha de Nicolau Vergueiro; 1 ano na Paróquia N. Sra. de Lourdes, de Flores da Cunha. Por 15 anos se dedicou à educação no Seminário Seráfico São José de Veranópolis, onde foi professor e vice-diretor. Por 5 anos exerceu a pastoral vocacional. Desde 20-12-1989 integrou as Fraternidades capuchinhas São Lucas e São Judas Tadeu, de Porto Alegre, dedicando-se à pastoral hospitalar nestes hospitais: Psiquiátrico São Pedro, Sanatório Partenon, Clínicas, Ipiranga e Instituto de Cardiologia. Nestes dois últimos, atuou até as últimas semanas.

 

Simplicidade e dedicação pastoral, aliadas a profunda vivência do carisma franciscano, foram marcas da vida de Frei Emiliano. Procurado e admirado pelo povo e por seus confrades pela forma como tratava, acolhia e animava a quantos procuravam sua orientação espiritual. Frei Emiliano sempre foi homem da natureza. Como professor e vice-diretor do Seminário de Veranópolis, acompanhou a construção do prédio que serviu muitos anos de seminário e, agora, atende finalidades sociais, educacionais, culturais e religiosas diversas. Arborizou seus arredores e organizou as canchas de esportes, com arte, respeitando a realidade e configuração ecológica. Em Porto Alegre, na Igreja São Judas Tadeu, criou um verdadeiro e multifacetado herbário, cultivando as principais variedades de flores e plantas adaptadas ao clima local. Para ele, cada planta tinha sua personalidade, seu modo de ser, de vestir e de falar. Dava ordens às suas plantas que nem sempre obedeciam, talvez por não serem poliglotas como ele.

 

Confrades e paroquianos muitas vezes se punham de tocaia para surpreende-lo a falar com plantas e flores no seu Talian familiar, com frases como estas: . Ma varda, te sì drio vegner inquà, te go dito che te devi ndar inlà par assarghe posto al sol a to soreleta che la ze ancora picinina. Olha, você está vindo para cá, mas já te disse que você deve ir para lá, para deixar lugar ao sol a tua irmãzinha ainda pequenina. . Sò che no te fè par mal, ma te sì sfaciada e desobediente, lora te cavo le ale, che lora te impari vegner su tel to posto... – e el bruscava la pianta. Sei que não fazes por mal, mas você está desaforada, então vou te podar e vais aprender a crescer no teu lugar... – e podava a planta. . Diante de rosas, já floridas e murchas, dizia: Te geri tanto bela, desso romai te si vècia come mi. Eras tão linda, agora, porém, és tão velha quanto eu! . Na hora da poda, advertia cada plantinha: Sò che te pianderè, ma te brusco, dopo co te vien su bela, tuti i te varda e te me ringrassiarè a mi e al me forbesoto che te ghemo fato bela. Sei que vais chorar, mas te podo, depois vais agradecer a mim e a minha poda que te fizemos bonita.

 

Convívio com a natureza reconhecendo a identidade de cada flor e de cada planta; fraternidade com os confrades, pacientes e paroquianos, acolhendo cada um com seu modo de ser, fizeram de frei Emiliano o homem simples, fiel em tudo, liberalmente obediente, e sem medidas na apostólica dedicação, especialmente aos pacientes nos hospitais. Não media tempo nem palavras. Visitava, conversava com tanta suavidade e empatia que os pacientes, diante de sua humildade que nada impunha nem propunha, mas só ouvia e animava, diziam: “Padre, seria para mim uma graça, se me desse uma bênção.” E ele respondia: “Va là, no te ocor benedission de mi, el Signor el te vol ben, mi te la dao, parché el Signor el te vol ben come se te fussi la ùnica persona che’l ga fato a la so imàgine e somiliansa.” Vai, não precisas de minha bênção, porque o Senhor te quer bem, eu te dou minha bênção porque o Senhor te quer bem como se fosses a única pessoa que até hoje ele fez à sua imagem e semelhança. Quando alguém pedia para se confessar, engraçado que ele não oferecia, e todos pediam: “Che pecati te cati che te ghè fato ti? El Signor no’l ghe bada mia, setu, se a ti no in te piase pi!.”Que pecados você acha que fez? O Senhor não os considera, se a ti não mais agradam! Frei Emiliano,

 

Frei Roque e Frei Marcelino, os três capuchinhos, Modesto e Luís convivem hoje com seus pais e avós a realidade de quem disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que esteja morto, viverá para sempre.”

 

Informações pessoais
Nasceu na Capela São Valentim de Veranópolis a 7 de setembro de 1924. À Pia Batismal - RAINELLI COSTELLA - É o 10° dos 17 filhos de Vitório Costella e Rosa Mattiello, dos quais †Roque(Adelino,1914-1990), †Marcelino(Gentil 1929-1982) e Silvério(Francisco), na Província do Brasil Central, são padres capuchinhos e Rosa , que é religiosa

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