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VIGÉSIMO TERCEIRO DOMINGO DO TEMPO COMUM – 06 DE SETEMBRO

Publicado por Frei Carlos Raimundo Rockenbach | 01/09/2020 - 10:13

VIGÉSIMO TERCEIRO DOMINGO DO TEMPO COMUM – 10 DE SETEMBRO

ACOLHIDA
Animador: Queridos irmãos e irmãs, Paz e Bem. Neste Mês dedicado a Bíblia, que tem como
tema: “Abre tua mão para o teu irmão” (Dt 15,11), somos convidados a viver com intensidade a
compaixão e a solidariedade. E a liturgia de hoje nos alerta para a importância do diálogo, da
correção fraterna e da entreajuda que devemos ter uns com os outros e assim,
vivermos a verdadeira fraternidade. Iniciemos esta celebração cantando.
ATO PENITENCIAL
Animador: Para vivermos com intensidade os Sagrados Mistérios, temos que rever nossas
atitudes e confiarmo-nos à misericórdia de Deus.
- Pelas vezes que não ouvimos o clamor do pobre e a voz de Deus que nos pede para abrirmos
as mãos para os nossos irmãos; Senhor, tende Piedade de nós!
- Pelas vezes que damos pouca importância a Palavra de Deus que nos indica o Caminho, a
Verdade e a Vida; Cristo, tende piedade de nós!
- Pelas vezes que nos omitimos diante da verdade e não denunciamos o erro, a injustiça, a falta
da fraternidade; Senhor, tende piedade de nós!
GLORIA
Animador: Glorifiquemos a Deus pela Bíblia, luz de nossos passos e orientação para nossa vida,
cantando.
LITURGIA DA PALAVRA
1ª Leitura: Ez 33,7-9 
2ª Leitura: Rm 13,8-10 
Evangelho: Mt 18,15-20
REFLEXÃO
A liturgia de hoje enfoca o tema da correção fraterna, da responsabilidade uns pelos outros
e do suporte que devemos ser para os fracos, os indecisos, tíbios, apáticos na fé e no seguimento
de Jesus. Pouquíssimas pessoas tem a coragem de advertir alguém quando tomou caminhos
errados, equivocados. É mais fácil condenar, humilhar, fofocar ou ser indiferente. Porém, a Bíblia
afirma e reafirma a responsabilidade de uns para com os outros. Deus pedirá contas da vida de
nossos irmãos e irmãs. Por isso, hoje, não endureçamos o nosso coração.
O evangelho de hoje nos situa no contexto do “sermão sobre a comunidade”, orientando a
vida da Igreja, ressaltando a correção fraterna como essencial para o crescimento pessoal do
cristão na comunidade. Advertir e corrigir o irmão, é responsabilidade de cada cristão. Não é
apenas uma sugestão, é um imperativo. Não realizar este mandato significa erro grave, pois nos
omitimos diante do erro do outro, deixando que um membro do Corpo de Cristo permaneça no
engano, e corra o risco de se perder. Jesus, no Evangelho nos oferece uma pedagogia
progressiva para ganhar um irmão. Deve ser uma correção feita com respeito e amor. Todo este
procedimento nos ajuda a perceber o papel mediador da Igreja para ajudar um membro a sair do
erro. Isso porque não caminhamos sozinhos, mas fazemos parte de um corpo, necessitamos uns
dos outros para viver a nossa fé. No entanto, nossa maior preocupação deverá ser não apontar
os erros dos nossos irmãos na comunidade, mas conduzi-los de volta à comunhão com Deus
expressa na participação alegre, fraterna e comprometida com a comunidade.
A primeira leitura nos mostra que o profeta não é apenas o porta-voz de Deus, mas uma
sentinela para o povo. A sentinela era alguém que estava de prontidão, vigilante, acordado
enquanto todos dormiam. Era alguém que percebia a aproximação do inimigo. Este simbolismo
nos ajuda a ver nossa responsabilidade para com as pessoas com as quais convivemos em casa,
no trabalho, na vizinhança, nos círculos de amizade, na Igreja e na sociedade. Devemos estar
atentos aos outros; perceber se estão em perigo, ou correm algum risco diante dos que agem
como lobos vorazes, procurando fragilizar e devorar o rebanho.

Tudo isso, requer de atitudes de amor, pois ao “amor não pratica o mal contra o próximo” e
também não quer o mal dos outros, como nos diz São Paulo Por outro lado, quem não pratica o
mal, mas omite ou negligencia a responsabilidade pelo outro, “lavando as mãos”, argumentando
“que não tem nada a ver com o outro”, não ama verdadeiramente o seu próximo.
Não deixemos que nosso coração fique endurecido diante do clamor silencioso de quem
está envolvido numa teia de erros e não consegue sair sozinho desta armadilha. Sejamos
solidários, misericordiosos e verdadeiramente irmãos.
PRECES DA COMUNIDADE
Animador: Confiantes na promessa “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu
estarei o meio deles”, apresentemos a Deus as nossas preces, suplicando: Senhor, atendei
nossa prece!
1 – Pelo Papa Francisco e toda a Igreja, para que a fraternidade firmada no amor contagie a toda
a humanidade, rezemos.
2 – Pelas famílias, para que o diálogo seja a maneira de superar as dificuldades e que uns
ajudem aos outros corrigindo as fraquezas de cada um, rezemos.
3 – Para que os membros de nossas comunidades exercitem a tolerância em seus grupos de
ação e, ali, vivam e demonstrem uma profunda união fraterna, rezemos.
4 – Pelos nossos governantes, para que trabalhem e se preocupem com o bem de todos, para
que todos os cidadãos possam alcançar os bens necessários para uma vida digna, rezemos.
OFERTÓRIO
Animador: Coloquemo-nos no altar do Senhor, junto ao pão e o vinho, despojados de todo o
egoísmo, vivendo a fraternidade, a solidariedade e a correta vida fundada nos valores cristãos.
Cantemos.
COMUNHÃO
Animador: A Eucaristia é prova da fraternidade. O amor que une a Santíssima Trindade é
modelo para nossas vidas, nossas famílias e para todos os homens e mulheres de boa-vontade.
Cantemos.

Sobre o autor
Frei Carlos Raimundo Rockenbach

Frei Capuchinho da Província Sagrado Coração de Jesus, Rio Grande do Sul