Tamanho do Texto:
A+
A-

VIGÉSIMO QUARTO DOMINGO DO TEMPO COMUM 13 de setembro de 2020

Publicado por Frei Carlos Raimundo Rockenbach | 08/09/2020 - 11:05

VIGÉSIMO QUARTO DOMINGO DO TEMPO COMUM

13 de setembro de 2020

"Perdão, expressão de humildade e de amor"

ACOLHIDA
Animador: Irmãos e irmãs, acolhemos-vos com alegria e vos desejamos Paz e Bem! Neste
segundo domingo do mês da Bíblia, o Senhor aqui nos reuniu e mais uma vez insiste: “Abre tuas
mãos para o teu irmão” (Dt 15,11), e nos convida a viver a verdadeira e incondicional experiência
do perdão aos nossos irmãos e irmãs, expressão de humildade e amor. Iniciemos nossa
celebração, cantando.
ATO PENITENCIAL
Animador: “Quantas vezes devo perdoar se meu irmão pecar contra mim?” Temos dificuldade de
perdoar, o perdão de Deus, porém, não tem limites. Reconheçamo-nos pecadores e invoquemos
com confiança a misericórdia do Pai, cantando
HINO DO GLÓRIA
Animador: Glorifiquemos a Deus por ser sempre e ilimitadamente compassivo e misericordioso
para conosco, cantando.
LITURGIA DA PALAVRA
1ª Leitura: Eclo 27,33-28,9
2ª Leitura: Rm 14,7-9
Evangelho: Mt 18,21-35
REFLEXÃO
- A liturgia deste domingo nos traz um dos temas fundamentais do cristianismo: o perdão. Mas
não qualquer perdão. Não um perdão pela metade ou camuflado, e sim perdão total, completo,
para sempre, infinitamente, não importando a quantidade de vezes que nossos irmãos nos
tenham ofendido. Por isso, dá para afirmar que não é fácil ser cristão. É preciso antes passar por
um processo de verdadeira conversão. Somente a pessoa plenamente convertida é capaz de
perdoar até setenta vezes sete e não apenas sete vezes. O número sete e seus derivados tem na
Bíblia um significado simbólico. Significam plenitude, totalidade, isto é, sempre, infinitamente. O
perdão não se mede pela quantidade, mas pela profundidade e a sinceridade com que se perdoa.
- Porque perdoar sempre? Porque o perdão é o único caminho para obter a paz e construir a paz.
Quem não consegue perdoar conserva em si sentimentos detestáveis, como o rancor, a mágoa e
a raiva, que são como um veneno corrosivo que a gente toma esperando que o outro morra, mas
que na verdade vão nos matando pouco a pouco. Quando estes sentimentos se instalam dentro
de nós, fazem a vida perder a qualidade. Quem traz dentro de si estes sentimentos é uma pessoa
triste, mal-humorada, de mal com a vida, enfim, profundamente infeliz. Tudo o que ela faz é
canalizado para o desejo de vingança. A pessoa não tem mais tempo para fazer o bem, para
amar e ser amada. Vive amargurada e infeliz.
- A primeira leitura diz que quem se vingar encontrará a vingança do Senhor. Ou seja, nosso
relacionamento com Deus é pautado pelo relacionamento com nosso semelhante. Se amarmos
nossos irmãos e perdoarmos as suas fraquezas, Deus perdoará nossas fraquezas, por maiores
que sejam, pois seu amor é incondicional e sua misericórdia não tem limites. Na oração do Pai
Nosso, pedimos: “perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos ofendeu”.
Será que se Deus nos perdoasse à medida que perdoamos nossos irmãos, receberíamos, de
fato, o perdão de Deus? Se perdoássemos como Deus nos perdoa, teríamos um mundo onde
reinaria a paz e o amor, pois o perdão gera a paz, e o ódio, o desejo de vingança. Quem perdoa
coloca fim no ciclo da violência.
- A parábola que Jesus conta nos recorda, que devemos ser compassivos e misericordiosos
como o Pai, com nossos irmãos e irmãs. Como Ele perdoa nossas grandes e impagáveis dívidas,
nós devemos perdoar as nossas dívidas, mesmo que pequenas, uns com os outros. Quantos são

os que saem do confessionário, aliviados pelo perdão de Deus, mas não estão dispostos a
perdoar seus irmãos? Essa atitude agride a comunidade e a bondade de Deus. Deus sempre é
bondoso, compassivo e carinhoso. Vamos também ser mais bondosos, compassivos e
carinhosos com nossos irmãos, principalmente com os que nos ofenderam e nos magoaram.
Para querer uma vida livre, cheia de sentido, de paz e alegria, é preciso aprender a superar o
orgulho, e perdoar sempre de coração.
PRECES DA COMUNIDADE
Animador: Após prece, digamos: Senhor, fazei-nos instrumentos do teu perdão!
1 – Pelo Papa Francisco, que continue sendo instrumento do Deus na busca da reconciliação,
unidade e paz entre os povos, pedimos.
2 - Para que a experiência do amor entre as pessoas e famílias ajude a estimular atitudes de
reconciliação, pedimos.
3 - Para que Aquele que nos reúne e une, Deus, infinitamente superior às questões que nos
separam, nos guie no caminho da misericórdia, pedimos.
4 - Para que as comunidades se tornem espaço e sinal eficazes de encontro, escuta e vivência da
Palavra, reconciliação e de paz, pedimos.
OFERTÓRIO
Animador: No pão e no vinho, está a entrega de Jesus para nossa reconciliação. Ao Senhor,
ofereçamos nosso compromisso de abrir nossas mãos e nosso coração aos nossos irmãos e
irmãs, cantando.
COMUNHÃO
Animador: Recebamos com fé o Pão que dá vida ao mundo no desejo de abrir nossa mão para
os irmãos partilhando o pão de cada dia, cantando.

Sobre o autor
Frei Carlos Raimundo Rockenbach

Frei Capuchinho da Província Sagrado Coração de Jesus, Rio Grande do Sul