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SOLENIDADE DE PENTECOSTES - 31 de maio de 2020

Publicado por Frei Carlos Raimundo Rockenbach | 26/05/2020 - 18:41

SOLENIDADE DE PENTECOSTES
31 de maio de 2020

“Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio. Recebam o Espírito Santo”.
(Preparar: 7 velas e o Círio Pascal para a procissão de entrada)
ACOLHIDA
Animador: Sejam todos bem-vindos e sintamo-nos felizes por sermos contemplados com os
dons do Espirito Santo, e enviados a todos os povos e nações para continuar a mesma missão
que Jesus Cristo recebeu do Pai; para sermos discípulos missionários, numa Igreja em saída, e
construirmos um mundo de justiça, unidade, igualdade e paz. Acolhamos o Círio Pascal e as
sete velas, cantando.
ATO PENITENCIAL
Animador: Nossa Igreja quer ser formadora, acolhedora e missionária, porém muitas vezes nos
fechamos em nossas preocupações pessoais, no nosso mundo. Peçamos perdão a Deus por
não atender ao chamado misericordioso do Pai e fechar as portas do nosso coração, não
atendendo aos apelos do Espírito Santo e às necessidades missionárias da Igreja, cantando.
GLÓRIA
Animador: Glorifiquemos a Trindade Santa pelos dons e carismas, e a diversidade de serviços e
ministérios que enriquecem a Igreja, cantando.
LITURGIA DA PALAVRA
Animador: Acolhamos a Palavra de Deus que garante a ação de Deus na história da
humanidade e alimenta a comunidade na ação missionária na Igreja, cantando.
1ª Leitura: At 2,1-11
2ª Leitura: 1Cor 12,3b-7.12-13
Evangelho: Jo 20,19-23
REFLEXÃO
Hoje a Igreja celebra a festa de Pentecostes, realização da promessa de Jesus Cristo aos
seus discípulos e discípulas. O Espírito Santo, que é o amor que une o Pai ao Filho, é partilhado
com todos os que aderem a Jesus e o seu Reino, contemplando-os com uma diversidade de dons
e carismas para o enriquecimento da Igreja viva e a transformação da sociedade. O Papa
Francisco diz: “Não nos deixemos roubar o entusiasmo missionário”. Ele nos lembra que se a
Igreja não for missionária não é a Igreja de Jesus Cristo. O Espírito missionário e profético é o
grande DOM da Igreja e nos desafia a dar este testemunho. A Igreja nasce da missão e existe
para a missão. Existe para os outros e precisa ir a todos.
Pentecostes se contrapõe, de certa maneira, a outro acontecimento simbólico da Bíblia
Sagrada: a Torre de Babel (Gn 11,1-9). Enquanto que o Espírito Santo, sopro de vida, elo de
unidade, protagonista da missão, proporciona o entendimento e a comunhão entre todos os
povos, raças, línguas e nações, a torre de Babel expressa o caos, a confusão, o
desentendimento, pois Babel é o símbolo da cidade deformada pela prepotência, pela
autossuficiência, pela competição, pela linguagem dos interesses egoístas pessoais, grupais e
corporativistas, gerando estruturas injustas, exploradoras e opressoras. Podemos constatar
nitidamente estas duas realidades, estes dois caminhos, estas duas opções e seus
correspondentes frutos no Brasil e no mundo de hoje.
Tanto na primeira leitura como no Evangelho, os Apóstolos estão reunidos. O Espírito
Santo é o sopro de vida, renovação e união. Sem o Espírito Santo, Deus está distante; o Cristo
permanece no passado; o Evangelho é uma letra morta; a Igreja uma simples organização; a

autoridade, um poder opressor; a missão, uma mera propaganda que não atrai e não envolve; a
celebração, um rito frio e vazio. Mas, no Espírito Santo o Cristo ressuscitado se faz presente, o
Evangelho se faz força do Reino, a Igreja realiza a união, dinamiza a missão, tornando-se sal da
terra e luz do mundo, o amor, a ternura e a misericórdia de Deus transformam as relações do ser
humano com o próprio Deus, com os outros seus irmãos e irmãs e com todas as criaturas de
Deus, produzindo a harmonia na Casa Comum, a nossa Mãe Terra.
A docilidade ao Espírito Santo nos move para o bem, ajuda a edificar a vida e nos
proporciona o que o coração humano ardentemente deseja: a felicidade, a alegria, a vida, a paz,
a realização, a salvação. No Cenáculo de nosso coração, de nosso lar, de nossa comunidade,
com alegria e gratidão acolhamos todos os dias o dom precioso e indispensável do Espírito
Santo.
PRECES DA COMUNIDADE
Animador: Neste dia em que terminam as festas pascais, tendo recebido o Espírito de filhos e
filhas, dirijamos a Deus, com afeto filial, nossas preces, cantando: Envia teu Espírito, Senhor, e
renova a face da terra.
1 – Iluminai Senhor o Papa Francisco, grande missionário da unidade e da paz, os bispos,
consagrados e todas as lideranças de nossas comunidades, para que se deixem conduzir pelo
Espírito Santo e sintam a alegria de servir, cantemos.
2 – Alimentai Senhor com os dons do Espírito Santo a todos os batizados, que deem testemunho
do Evangelho e que nossa Igreja seja cada vez mais acolhedora, formadora e missionária,
cantemos.
3 – Favorecei Senhor os pobres, excluídos e marginalizados, que encontrem força e junto com
toda Igreja reajam contra este sistema desumano, perverso e excludente, cantemos.
4 – Fortalecei Senhor todos os que exercem sua missão em favor da saúde e da vida de todos os
enfermos, particularmente as vítimas da pandemia do corona vírus, cantemos.
OFERTÓRIO
Animador: Somos chamados e convidados a viver a generosidade e a gratuidade na missão da
Igreja. Ofereçamos com alegria nosso compromisso missionário, cantando.
COMUNHÃO
Animador: Receber o corpo e sangue do Senhor é comprometer-se com o seu projeto de amor
pela humanidade. É participar ativamente da ação missionária da Igreja. Participemos da mesa
do Senhor, cantando.
Para apagar o Círio Pascal – Irmãos e irmãs, na noite da Vigília Pascal. Aclamamos Cristo
nossa luz e acendemos o Círio Pascal. Esta luz nos acompanhou nestes cinquenta dias. Hoje, dia
de Pentecostes, ao concluir o tempo da Páscoa, o círio é apagado. Iluminados por Cristo, Luz do
Mundo, fortalecidos pelos dons do Espírito, sejamos nós, também luz para o mundo, através de
nossas boas obras e o nosso compromisso missionário.
BÊNÇÃO FINAL

Sobre o autor
Frei Carlos Raimundo Rockenbach

Frei Capuchinho da Província Sagrado Coração de Jesus, Rio Grande do Sul