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Como pedras de rubi

Publicado por Frei Jaime Bettega | 10/05/2015 - 10:34

A maternidade é o rubi que enriquece o ambiente familiar e que imprime ritmo em forma de disposição e de cuidadosa atenção com tudo e com todos

 

 

Ganhar um relógio continua sendo um dos mais fascinantes presentes. No passado, quem tinha um relógio se sobressaía dos demais. Crianças não usavam relógio. A iniciação no uso do relógio quase coincidia com a maior idade. Um acessório que indicava seriedade e maturidade. A grande maioria guarda seu primeiro relógio ou tem saudosas lembranças. Não era tanto a utilidade, mas a distinção. Não havia inúmeras marcas e modelos. O segredo não residia na aparência, mas na pedra de rubi que estava em seu interior. Um relógio com pedra de rubi era o sonho de todos.

Os tempos são outros. As facilidades acabam contemplando uma grande maioria. Marcas e grifes são usadas por todos, independentemente do poder aquisitivo. Avanços tecnológicos permitem a fabricação em escala. Há muitos tipos de relógios, inclusive digitais. Poucos recordam dos relógios com pedra de rubi. Além da marca, o modelo impacta no visual. O destaque não está na engenharia interna, mas na aparência. A necessidade de prender o olhar e despertar admiração deixa em segundo plano o que vai na interioridade.

A pedra de rubi, quase escondida dentro do relógio, faz lembrar que todos são portadores de um valor infinito. Muito mais brilhante do que qualquer pedra ou diamante é a interioridade, onde os valores se tornam luminares que permitem um brilho inconfundível. No coração de cada pessoa está o que é maior do que tudo, o amor. Nada é mais valoroso do que essa força invencível: a capacidade de amar e a necessidade de ser amado.

Diferente da pedra de rubi, o amor se faz visível através de tantos gestos. Mas há alguém que é portadora de um brilho inconfundível, seu valor é infinito, sua presença é indispensável. À semelhança da pedra de rubi, inspira e provoca verdadeiros milagres, sem abdicar da discrição. O que seria da vida de cada um e das famílias sem a presença da mãe? Como pedras de rubi, a vida de uma mãe é pleno brilho, doação total, afeto que encanta.

Sempre é tempo para perceber o valor de uma mãe, através da dedicação diária, do abraço que acalenta, do cansaço disfarçado no inconfundível sorriso de quem ama sem limites. A maternidade é o rubi que enriquece o ambiente familiar e que imprime ritmo em forma de disposição e de cuidadosa atenção com tudo e com todos. Que as bênçãos dos céus recompensem o coração de todas as mães!

Sobre o autor
Frei Jaime Bettega

 Frei Jaime tem formação em Filosofia, Teologia, Administração de Empresas, Pós Graduação em Gestão de Pessoas e Mestrado em Administração, com enfoque na Espiritualidade nas Organizações. Professor de Ética Organizacional do curso de Administração de Empresas da UCS.,  Coordenador da Legião Franciscana de Assistência aos Necessitados (Lefan) e é o fundador do Projeto Mão Amiga, que auxilia crianças carentes.
Apresentação do programa, na rádio São Francisco SAT (560 AM)e Articuladro do Jornal Correio Riograndense e colunista no Pioneiro.