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POR UM CAMINHO DIFERENTE (02)

Publicado por Frei Antoninho Martins Ferreira | 12/09/2018 - 23:15

Oi, gente boa! Estamos  aqui  de volta para falar do frei Félix de Cantalice . Nosso primeiro Santo Capuchinho. (analfabeto)... Isso nos intriga. Na introdução eu havia dito que a cada página  do “livrinho“que se virava aparecia surpresas  desconcertantes..   Veja bem, nós não estamos  acostumados a ter um” mestre” analfabeto. Isso parece impossível . Mas acontece que esse “mestre” existiu e continua´  existindo é  um fato  incontestável. Olhando as raízes de sua vida começam aparecer  as causas  de todos esses fatos extraordinários. Em 1513 quando ele nasceu. Seus pais , pessoas de fé,  gente pobre,  da roça ,simples, honesta .  Desde do início de sua vida  lhe ensinaram   uma fé ardente como conta-se no livro que dona “ Santa e o pai Santo Porro Trabalhadores  braçal, que o menino Félix aprendeu a ser cristão, a dobrar os joelhos  e a rezar a cada manhã.”  Diante do que lemos , não é possível seguir em frente na narrativa sem parar sobre  uma pergunta que nos vem  em mente:  De onde lhe  vinha Esse grande  “exemplo de Fé”? -  Onde eles moravam ,Cantalice   era um lugar  onde se transpirava violência .  Só  que   a violência não alterou a vida de fé da família .  E desde o início de sua infância com  as mais  diversas privações decorrentes da grande pobreza que eles viviam; o  que também não alterou a vida de fé  da família. Ele crescia

Nesse clima cheio de fé  familiar. Buscando   na Igreja, que era o único lugar onde se podia receber algo que ensinava  paz e perdão. Ele desde de tenra infância tinha a experiência de cultivo da fé. Atenção!  para essa palavra   importante : CULTIVO. . . Já  na sua infância via como cultivar a fé  através  do testemunho vivo de seus pais. Na narrativa se afirma : “Félix  possuía base cristã consistente.” Capaz de ouvir e assimilar o ensinamento da mãe quando teve que sair de casa para trabalhar em casa de família  para aumentar a renda familiar,  aos sete ãnos... é isso, que  você leu : aos sete anos :  “Seja bom! Fique atento! Não se esqueça de rezar! Nossa Senhora será sua mãe ”Deixou uma mãe teve “outra”. E viveu na  proteção das duas. Esses detalhes de diálogos  importantes  de momentos importantes de despedidas,  separações onde o conselho materno dado com  firmeza  de fé e afeto de mãe que ama, superou a dor da separação da saudade e  outros sentimentos e deixou a segurança da experiência de quem se sente amado, e que ele  levou  ao longo  de toda sua    vida...  Ah! Isso ele teve... e como !...  Parece ,  que após essas rápidas considerações;   começamos  a entender como os “mestres analfabetos” agem: Com muita fé. Assim sendo,

ele mesmo em certa oportunidade criou com a ponta de uma faca na madeira de um carvalho uma cruz e aí permanecia em oração. Quando descoberto , pelos colegas,  não faltaram todos tipos de caçoadas. Mas da mesma forma, a sua fé não se abalou . Ao  contrário  : Os questionou: “ Vocês não são cristãos? “A gozação mudou de rumo. Isso fez nascer uma vocação ao sacerdócio. Quando isso ocorreu ele já estava com vinte anos.

No convento aonde eu moro : Bom Jesus, em  Ponta Grossa, no Paraná tem um corredor longo que conduz à Capela .   Nas paredes desse corredor  tem diversos quadros  de nossos Santos e Santas  Capuchinhos. Eu contei são trinta e quatro quadros desses  dezessete  tem o  Santo(a) Com o crucificado na mão. O que isso nos sugere? Bem, veremos  no próximo encontro . Até.

Paz e bem!

Sobre o autor
Frei Antoninho Martins Ferreira

Frei Antoninho Martins Ferreira, atualmente mora em Ponta Grossa, onde dentre outras funções é diretor espiritual dos freis pós-noviços que lá residem.