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23/10
25/11/2024

Bem-aventurada Isabel Bona

Virgem, religiosa da Terceira Ordem Regular (1386-1420). Aprovou seu culto Clemente XIII no dia 19 de julho de 1766.

 

A filha saiu aos pais, humildes e pobres de bens temporais, mas ricos de virtude: também ela se distinguiu desde a meninice por uma piedade rara, inocência virginal e um feito tão doce e amável que todos a tratavam como a “Boa” (Bona), sobrenome por que ficou a ser conhecida.

Quando Isabel contava 14 anos, o padre Conrado Kigelin, seu confessor, aconselhou-a a deixar o mundo e tomar o hábito da ordem terceira de São Francisco. Passou a viver segundo a regra franciscana primeiramente em sua própria casa; mas pouco depois achou melhor deixar os pais para ir viver com uma piedosa terceira franciscana. O demônio para impedir os progressos de Isabel no caminho da perfeição, atormentava-a com frequência. Enquanto ela aprendia a arte de tecelã,  estragava o seu trabalho, fazia-a perder a metade do tempo em reparações de defeitos. Mas Isabel levava sempre a melhor com a sua paciência a toda a prova.

Quando ela completou 17 anos, o padre Conrado Kigelin orientou-a para uma comunidade feminina onde algumas religiosas seguiam com fervor a regra franciscana da ordem terceira. Enquadrada nessa comunidade, Isabel continuou sempre com a mesma doçura e obediência, assídua à oração e à penitência, preferindo os ofícios mais humildes, tão amante da solidão que só saía do convento por motivos de força maior, a ponta de lhe chamarem “a reclusa”.

O demônio continuou a persegui-la de forma implacável, mas sem êxito. Foi atacada pela lepra e outros sofrimentos físicos. No entanto, essas novas provações ainda tornaram mais heroica a paciência de Isabel, que nunca se queixava de nada, pelo contrário, louvava a Deus por tudo.

E Deus compensou as virtudes da sua humilde serva, favorecendo-a com êxtases e visões maravilhosas. Durante o concílio ecumênico de Constança prognosticou o fim do cisma do ocidente e a eleição do papa Martinho V. Jesus concedeu-lhe a graça de experimentar os sofrimentos da sua Paixão e de receber no corpo a impressão das Chagas. Por vezes a cabeça aparecia ferida por espinhos. No meio das dores, exclamava: “Obrigada, Senhor, por me fazeres sentir as dores da tua Paixão!”. As chagas apareciam apenas de vez em quando, mas os sofrimentos eram contínuos. O padre Conrado Kigelin, que foi sempre o seu diretor espiritual, deixou-nos uma biografia da sua dirigida, escrita por ele próprio. Isabel foi uma alma mística, rica de especiais carismas. Morreu a 25 de novembro de 1420, com 34 anos de idade.

 

Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.