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Pessoas com HIV e Aids podem perder a isenção do transporte em Porto Alegre

01/09/2021 - 11h38
Porto Alegre é a capital com maior número de óbitos e de maior incidência de aids do país

A Casa Fonte Colombo e a Pastoral da Aids do Regional Sul 3 - CNBB acompanharam a discussão do Projeto de Lei de Mobilidade Urbana,  PLE 015/21, referente às isenções tarifárias do transporte público de Porto Alegre, enviada pelo atual Prefeito à Câmara Municipal de Vereadores de Porto Alegre. Durante a Audiência pública do dia 31/08/2021, Frei José Bernardi reforçou que "a proposta preocupa, pois exclui as pessoas com HIV da isenção do transporte público de Porto Alegre. Sabemos que 100% destas pessoas conseguem manter a adesão ao tratamento, consultas e exames por possuírem isenção de transporte". Cláudia Luz, usuária da Casa Fonte Colombo, e participante do Conselho Estadual de Saúde, falou que precisa desta isenção porque a Aids trouxe outros agravos para sua saúde, precisando ser acompanhada por outros especialistas. Igualmente Marlowa Truss, possui dificuldade em manter os diversos acompanhamentos de saúde. Ambas pediram aos vereadores/as sensibilidade para manter a isenção do transporte "para que a vida não fique pior do que já está".

A Casa Fonte Colombo nestes 22 anos tem a convicção que retirar a isenção significa dificultar a adesão ao tratamento, impedir que as pessoas com HIV e Aids compareçam em consultas e exames, agravando o quadro clínico e aumentando a possibilidade de comorbidades pelas infecções oportunistas, e consequentemente longas internações onerando o Sistema Único de Saúde.

OBS.: Leia na íntegra a Carta aos Vereadores e Vereadoras de Porto Alegre encaminhada pela Casa Fonte Colombo.

 

 

 

 

 

Fonte: Capuchinhos do Brasil /CCB

Por Cristiane Saraiva Marins (Centro de de Promoção da Pessoa Soropositiva)

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