Religiosos e leigos rezam pelas vocações no 'Despertar Franciscano'

SANTOS- SP: Na Festa da Assunção de Nossa Senhora, no domingo de celebração dos consagrados à vida religiosa, cerca de 400 pessoas estiveram em Santos, litoral de São Paulo, para o Despertar Franciscano. O evento tem como temática a Cultura Vocacional, a resposta ao chamado de Deus concretizada através da vivência da vida religiosa, sacerdotal ou leiga.

A celebração eucarística na Basílica Santo Antônio do Embaré abriu o encontro. Presidiu a missa o Ministro Provincial, Frei Carlos Silva. O pároco da Basílica, Frei Paulo Henrique Romero, acolheu os religiosos e leigos que reservaram o seu domingo para participar do Despertar. Em sua homilia, Frei Carlos falou sobre a Assunção de Nossa Senhora e em como a figura de Maria é modelo para todos os cristãos. “A primeira a entrar no céu! A vida é feita de encontros, e neste encontro o bem sempre vence o mal”, disse.
 

CAMINHADA PELAS RUAS:

Nos apartamentos do Embaré, olhos curiosos para ver a procissão fora de época que acontecia na rua. A caminhada da basílica ao colégio foi de aproximadamente 15 minutos. Cantos vocacionais eram entoados e o cenário parecia dialogar divinamente com aquele momento: “Lá na praia, eu deixei o meu barco Junto a Ti, buscarei outro mar”, cantou Irmã Edir de Freitas, que veio de Anápolis-GO especialmente para animar o evento.

SEJAMOS RIDÍCULOS!

A palestra de Frei José Carlos de Oliveira (Frei Zeca) foi sobre o tema e o lema do Despertar Franciscano. Expressivo, o frade chamou atenção dos participantes para serem testemunho vivo da Igreja de Cristo “muitos da sociedade acham que somos ridículos por sermos cristãos, por ajudarmos o próximo, por darmos testemunho de vida. Sejamos ridículos!”, disse.

Frei José Longarez convidou os participantes a deixarem a individualidade e o egoísmo de lado para se revestirem da comunhão com o senhor e assim anunciar um projeto de vida ao povo.

AÇÕES CONCRETAS:

As atividades dos frades durante o primeiro semestre foram voltadas a Cultura Vocacional. Este encontro de hoje não é um fechamento deste ciclo, mas sim, mais um etapa deste caminho “queremos que daqui saia algo concreto”, disse Frei Maurício dos Anjos..

A Irmã Nádia Maciel provocou os participantes com perguntas: Destaque momentos do Despertar, Quais as provocações deste dia? e Quais ações concretas para minha paróquia/convento a partir do Despertar?. Os grupos partilharam e apresentaram os resultados das conversas. Dali, a Frente de Animação Vocacional das fraternidades foi ganhando rosto. “A Igreja precisa ser jovem! A juventude anima a Igreja e ela precisa se reinventar”, disse uma adolescente de São Paulo, “A cultura vocacional não se faz na solidão de um, mas na comunhão de nós!”, disse outro de Santos.

As avaliações dos grupos servirão de subsídio para a Pastoral Vocacional dos Frades Capuchinhos de São Paulo.

O dia encerrou diante de Jesus Sacramentado, apresentando como intenção a vocação de todos os participantes do encontro e de todo o povo de Deus.