Necrologia

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Frei Urbano Poli

28/09/1918
01/11/2000

Ipê - RS


De profunda espiritualidade franciscana, eucarística e mariana. Devotava estima pela vida simples, humilde, fiel, paciente e bondosa.

 

Registro
Ingressou no Seminário Seráfico São José, Veranópolis, no dia 12.02.1930. A vestição no dia 03.08.1935, na Capela do Convento, em Flores da Cunha, onde fez o noviciado, recebendo nome religioso de frei Urbano de Antônio Prado e professou no dia 04.08.1936, sendo recebido por Frei João Crisóstomo Pilati. Sua ordenação sacerdotal, em Garibaldi, no dia 03.01.1943, por Dom José Baréa. Seu ministério sacerdotal concentrou-se em duas frentes, pastoral paroquial e formação. Na pastoral paroquial, como pároco e vigário paroquial, atuou em Veranópolis (1943), Itapuca (1946), Garibaldi (1948), Pelotas (1963) e Flores da Cunha(1988) . Na formação, em Garibaldi (1948), Flores da Cunha(1953), Santa Maria (1962) e Vila Flores ( 1964-1986), ocupando diferentes cargos e marcando presença nestes 20 anos, entre eles, por oito anos como mestre de noviços. A partir de 1988, em Flores da Cunha, na pastoral do aconselhamento e da saúde. Em 1961, foi operado da tireóide, ficou limitado no seu timbre de voz, Na década de 90 foi paciente de outras seis cirurgias. No dia 09.09.2000, foi internado no Hospital N. Sra de Fátima em Flores da Cunha, com aneurisma transitório cerebral e paralisia no lado do corpo. Faleceu na madrugada de 1º.11.2000, aos 82 anos. Foi sepultado no mesmo dia, no jazigo dos Frades Capuchinhos, no Cemitério Municipal de Flores da Cunha/RS. A missa de corpo presente foi concelebrada por 25 sacerdotes.

 

Informações pessoais
JOSÉ POLI Filho de Eliseo Poli e de Maria Pradella. Nasceu no dia 28.09.1918, mas registrado no dia 28.11.1918.

Frei Carlos Aristides Benetti

01/05/1922
02/11/2001

01.05.1922 - Curitiba/Paraná
02.11.2001 - Curitiba/Paraná

Frei Carlos foi o oitavo filho de Carlos Benetti e Justina Rasera, nascido em Curitiba a 1 de maio de 1922, segundo diz em sua autobiografia, da qual usaremos os dados. Família numerosa e acolhedora. Seu pai foi um dos pioneiros em Curitiba a ter um caminhãozinho. Chama sua mãe "incansável com seu amor e paciência", membro do Apostolado da Oração e da OFS. Frei Carlos lembrou sempre de sua primeira comunhão (6.1.1933), que o marcou e a aponta como germe de sua vocação religiosa e sacerdotal, da qual nunca duvidou. Após dois meses (5.3.1933), entrava no seminário dos freis capuchinhos, primeiramente em Curitiba e depois em Butiatuba.

Confessa que desde o seminário teve proteção sensível e tangível de Nossa Senhora e seu sacerdócio foi marial. Ordenado no dia da Imaculada Conceição, em quase todos os lugares onde trabalhou tinham como padroeiro um dos títulos da Virgem Maria.

Iniciou o noviciado na Província paulista, em Piracicaba, aos 4.2.1937 e, no ano seguinte (11.2.1938), no mesmo dia em que o Papa Pio XII iniciava seu pontificado, pronunciou seus votos temporários. Durante o curso de teologia, em Curitiba, emitiu seus votos perpétuos (2.5.1942). Enquanto recebia as Ordens maiores e menores, preparava-se ao sacerdócio "o porto dos meus sonhos".

Com "o coração em festa,a igreja cheia de parentes, amigos e seminaristas de Butiatuba", Frei Carlos foi ordenado presbítero aos 8 de dezembro de 1944, em nossa igreja de Nossa Senhora das Mercês, em Curitiba, pelo arcebispo Dom Ático Eusébio da Rocha. "Agora sou outro", diz Frei Carlos. Frei Inácio Dal Monte, que na mesma igreja lhe deu a primeira comunhão, foi seu paraninfo na primeira missa solene (10.12.1944), celebrada também neste templo.

Trabalhou em Butiatuba (1944-1946, 1953-1954), Curitiba (1947, 1952, 1955, 2000-2001), Barra Fria (1947), Ponta Grossa (1948), Ponta Grossa (Bom Jesus, 1961-1965), Ponta Grossa (Imaculada Conceição, 1966), Cruzeiro do Oeste (1966-1969), Tomazina (1970-1979), Florianópolis (1980-1999).

Aos 7 de setembro de 1948 partiu para Roma onde estudou filosofia."Que festa o bacharelado no primeiro ano, a licença no segundo ano e a festa da Tese "O pensamento filosófico do padre Ivo de Paria" depois de dois anos de pesquisas, elaboração e apresentação", diz Frei Carlos. Retornou à Província aos 23 de maio de 1952. Além de dar aulas, cuidou, por oito anos, de Campo Magro, onde construiu o Educandário da Boa Pastora e onde "vivi momentos inesquecíveis de minha vida sacerdotal", exclama Frei Carlos.

Com a inauguração do convento Bom Jesus em Ponta Grossa (7.3.1961), Frei Carlos lecionava filosofia para nossos estudantes, religião no Colégio São Luiz e trabalhava na horta com os freis. Em 1966, passou do convento Bom Jesus para a paróquia Imaculada Conceição, como pároco, onde concluiu o salão paroquial.

Em Cruzeiro do Oeste (1966-1969), além do trabalho pastoral, comprou ferro, cimento e iniciou a nova e atual igreja. Numa viagem de retorno de Curitiba, sofreu um acidente rodoviário perto de Tuneiras. Quebrou o fêmur e duas costelas, trincou o braço direito e a cabeça ficou cheia de estilhaços. Renunciou seu cargo, tratando-se em Curitiba, nas Mercês.

Em Tomazina trabalhou dez anos (1970-1979) como pároco. Construiu 10 igrejas rurais e 10 salões para reuniões. Em uma viagem à Itália, trouxe as relíquias de Santo Inocêncio Mártir que, aos 11 de novembro de 1975, chegaram em Tomazina, trazidas por um helicóptero.

Aos 30 de dezembro de 1979 chegava em Florianópolis, onde assumiu a capelania do Hospital de Caridade (1.1.1980) e, a partir de 1985, atendeu os tuberculosos e portadores de HIV do Hospital Nereu Ramos, as crianças do Hospital Infantil, os pacientes do Hospital Universitário. "Quanto aprendi junto aos leitos hospitalares, que lições de fé, resignação e vontade de viver e melhorar", concluiu Frei Carlos.

Por causa do diabetes, sofreu bastante nos últimos tempos, com tratamentos intensos em Florianópolis e em Curitiba, onde teve um derrame que o deixou prostrado e inconsciente. Durante este estado, tornou-se necessário, além da traquiostomia, amputar-lhe uma perna por causa de uma gangrena. Frei Francisco Miguel da Silva, enfermeiro responsável, com seus confrades cuidaram de Frei Carlos dia e noite, pois era completamente dependente.

Há quase dois anos se encontrava na cama, imobilizado e, segundo alguns médicos, inconsciente. Aos 19 de novembro de 2000, enquanto estava internado no hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, teve forte derrame, que o deixou inconsciente. Houve a necessidade até de fazer uma traquiostomia para não se afogar. Nos dias que antecederam seu falecimento, esteve internado duas vezes por causa de fortes hemorragias. No dia 1 de novembro tinha retornado do hospital ao convento, após esse tratamento. E, esta noite, às 2h15, faleceu.

Durante a missa de exéquias, falou-se que Frei Carlos era muito devoto à Nossa Senhora; dedicava-se à oração; a todos atendia com carinho; muito sensível; demonstrou grande bondade; amava os freis e a Província, o seu sacerdócio, a vida religiosa; pastoralmente, dedicou-se intensamente ao povo cristão; por muitos anos lecionou filosofia aos nossos estudantes e participava da fraternidade formativa; nos últimos anos dedicou-se especialmente em cuidar dos doentes, como capelão de hospitais em Florianópolis. Foi religioso de muitas amizades e aberto às realidades da vida. Trabalhou de maneira significativa pelas vocações. Um frei muito afetuoso e sensível e de grande ardor na vida sacerdotal. Sua invejável cultura obteve-a através de cursos, leituras e de assíduo amor ao estudo. Está sepultado em Butiatuba.

Frei Ângelo Costella

03/07/1939
05/11/2014

Frei Ângelo Costella, 75 anos,  faleceu às 8 horas da quarta-feira, 5 de novembro de 2014. Estava hospitalizado há mais de 15 dias com quadro de anemia e consequência de permanecer acamado e quase imóvel por mais de ano.

Desde 30 de julho de 2013 era membro da Fraternidade Imaculada Conceição/Casa de Saúde São Frei Pio, de Caxias do Sul.

Às 14 horas  do dia 05/11/2014 é celebrada missa de corpo presente na capela da Casa de Saúde São Frei Pio, em Caxias . Após, o corpo é  trasladado para Vila Flores, onde, as 17h30, é velado na igreja Matriz Santo Antônio.

A missa e os ritos de despedida é celebrada na amanhã  da quinta-feira 06/11/14, às 9h30, seguidos de sepultamento no jazigo dos Capuchinhos no Cemitério Municipal de Vila Flores.

 

Registro
Frei Ângelo iniciou seu histórico de enfermidade quando sofreu um AVC hemorrágico na madrugada do dia 5 de maio de 2013, na Fraternidade São Judas Tadeu, em Porto Alegre. Hospitalizado na emergência do Hospital São Lucas (PUC), não chegou a perder totalmente a consciência, a memória e a fala, mas perdeu o movimento do braço e perna do lado esquerdo. Permaneceu quatro dias na UTI, devido às alterações contínuas da pressão, dos batimentos cardíacos e do diabetes.

Poucas horas depois de ter ido para o quarto teve uma hidrocefalia, que o levou a um estado inconsciente, embora não propriamente coma. A bolsa de água que se formou junto à parte craniana junto com o sangramento provocado pelo AVC hemorrágico acabou provocando reações descontroladas, exigindo a colocação de um dreno no crânio. Foi para a UTI inconsciente, apenas com mínimas reações. Nessas condições acabou tendo uma infecção pulmonar. A bactéria que causou infecção também afetou o funcionamento dos rins, tendo que se submeter a hemodiálise. Saindo da UTI manteve um quadro estável.

No dia 17 de junho sofreu nova intervenção cirúrgica para desobstruir a válvula de drenagem do líquido do cérebro, retornando à UTI. Apesar do procedimento, o líquido continuou retido, prejudicando o estado geral.
A pressão alta combinada com diabetes descontrolado foi minando a capacidade de reação. Ao completar 50 dias de internação o estado permanecia grave e de difícil prognóstico.

Com quase dois meses de hospital, debilitado, com anemia, pressão arterial descontrolada, com necessidade de hemodiálise, alimentando-se apenas por sonda já não reagia à comunicação nem ao reconhecimento. Seu quadro passou de grave a gravíssimo.

Nesse longo período de hospitalização, os confrades da Fraternidade São Judas Tadeu, de Porto Alegre, com Frei Adelar, capelão do Hospital São Lucas, e outros freis, familiares e membros da comunidade paroquial São Judas revezaram-se no cuidado e na presença constante. As equipes médicas (neuro, nefro e clínica) do Hospital da PUC também tem se dedicado ao máximo.

Desde o dia 30 de julho de 2013, Frei Ângelo passou a integrar a Fraternidade Imaculada Conceição, em Caxias do Sul, e esteve sob cuidados da equipe da Casa de Saúde S. Frei Pio.


Informações pessoais
Filho de José Costella e Assunta Gasparin Costella, nasceu em 3 de julho de 1939, em Fagundes Varela. Entrou no seminário seráfico de Vila Flores, em 1949, e ingressou na fraternidade capuchinha com a vestição do hábito, em janeiro de 1957, em Flores da Cunha.

No convento Sagrado Coração de Jesus, de Flores da Cunha, fez o noviciado em 1957, com a profissão dos votos em 25 de janeiro de 1958. Recebeu a ordem do diaconato em Porto Alegre, em setembro de 1967. Em 10 de dezembro do mesmo ano, foi ordenado presbítero pelo arcebispo Dom Vicente Scherer, na matriz Santo Antônio do Partenon.
No seu itinerário formativo percorreu o ciclo normal de estudos nos seminários capuchinhos de Vila Flores, Veranópolis, Ipê e Marau. Já os estudos superiores os fez em Ijuí, onde bacharelou-se em Filosofia pela então Faculdade de Ciências e Letras de Ijuí (Fafi) e Teologia na Escola de Teologia da Província, no Convento São Lourenço de Bríndisi, em Porto Alegre.

Nos primeiros anos de sacerdote cursou o ISPAC (Instituto de Pastoral) e o curso do Movimento Mundo Melhor (MMM), em 1974, seguido do Curso Nova Imagem da Paróquia (NIP), em Buenos Aires. Em razão desses cursos foi o coordenador do Movimento Mundo Melhor no sul do Brasil.

Dedicou seus 35 anos de vida presbiteral à pastoral paroquial, dos quais 33 como pároco. Durante 14 anos esteve servindo à Paróquia Santo Antônio, em Porto Alegre; por dois anos esteve à frente da Paróquia de Fátima, em Santa Maria (1982-83); dez anos na Paróquia São Pedro, em Garibaldi (1984-1993), cinco anos na Paróquia São Sebastião, em Praia Grande, SC (1994- 1998), quatro anos na Paróquia N. Sra. dos Navegantes, em Tramandaí (1999-2003), cinco anos na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, bairro Harmonia, em Canoas (2004-2008) e de 2009 a maio de 2013, à frente da Paróquia São Judas Tadeu, de Porto Alegre.

Nas fraternidades capuchinhas onde viveu quase sempre integrou a Equipe de Animação Fraterna, em geral na função de guardião.
Sempre foi uma pessoa muito calma, discreta e de espírito conciliador. Cativava as pessoas pelo sorriso, pela atenção e pela bondade e sabia cultivar as amizades, sendo sempre uma alegre companhia em todos os momentos.

Frei Irineu Costella, ifmm

26/07/1915
06/11/2002

Guaporé/RS


Frei Irineu Costella integrou a província capuchinha gaúcha por quase 40 anos

 

Registro
Aos 87 anos, em Ponta Grossa (PR), frei Irineu Costella, co-fundador e ex-ministro geral do Instituto dos Frades Menores Missionários. Nasceu em Guaporé (RS) no dia 26 de julho de 1915, filho de Antônio e Teresa Matiello Costella. Ingressou no seminário dos capuchinhos de Veranópolis aos 11 anos e foi ordenado sacerdote, por dom José Baréa, em janeiro de 1940. Como capuchinho, desempenhou importantes atividades na província do Rio Grande do Sul. Atuou em Veranópolis, Porto Alegre, Bagé, Vila Flores, Caxias do Sul, Flores da Cunha e Garibaldi como professor, pároco, reitor, mestre de noviços, missionário, definidor provincial durante dois triênios e diretor da Editora São Miguel. No dia 15 de agosto de 1973, junto com alguns confrades capuchinhos, desligou-se da província gaúcha e fundou o Instituto dos Frades Menores Missionários, no Paraná. Hoje, a congregação conta com 38 frades e diversos vocacionados. Frei Irineu sempre foi uma pessoa alegre, disposta e bem humorada; um autêntico filho de São Francisco. Alguns dos confrades que o seguiram para fundar o Instituto voltaram a reintegrar-se à província capuchinha gaúcha. Frei Irineu não o fez por uma questão de fidelidade aos ideais traçados para a nova congregação. Fez uma visita de gratidão e despedida à província do Rio Grande do Sul, inclusive ao Correio Riograndense. Na carta-testamento que ele deixou a confrades, amigos e parentes salientava: "Ao chegar ao céu espero encontrar frei Paulino (Aquiles) Bernardi e poder continuar os louvores a Deus, como fazíamos quando eu era guardião. Ele fazia a segunda voz, eu o tenor. Faremos um coral franciscano, alegre, feliz e harmônico". Também escreveu na carta de despedida: “Meu serviço, agora, é rezar e oferecer minha vida em louvor a Deus para o bem do Instituto dos Menores Missionários, da família franciscana, daqueles que evangelizei e de toda a Igreja”.

 

Informações pessoais
Filho de Antonio Costella e Teresa Matiello à Pia Batismal recebeu o nome de AURÉLIO COSTELLA

Frei Venâncio Pivatto (João José Pivatto)

24/06/1912
10/11/1978

Sacerdote.

Nasceu no dia 24 de julho de 1912 em Veranópolis/RS. Filho de Tereza Mezzalira e Antônio Giuseppe Pivatto.

  • Ingressou no Seminário no dia 24 de maio de 1925 em Veranópolis/RS.
  • Profissão Temporária no dia 10 de fevereiro de 1929 em Flores da Cunha/RS.
  • Profissão Perpétua no dia 15 de agosto de 1933 em Garibaldi/RS.
  • Ordenação Diaconal no dia 22 de maio de 1937 em Garibaldi/RS.
  • Ordenação Presbiteral no dia 08 de agosto de 1937 em Garibaldi/RS por Dom José Baréa.

 

Na Província do Rio Grande do Sul trabalhou em Lagoa Vermelha, Marau, Caxias do Sul, Porto Alegre e Santa Maria. Esteve estudando em Roma e no Brasil foi animador e divulgador do Movimento “Mundo Melhor”, atuando também na CNBB e CRB Sul 3.

Em 1973 integrou-se à Província do Brasil Central e trabalhou sempre em Brasília/DF. Faleceu no ano de 1978 em Brasília/DF, vítima de câncer. Foi sepultado no jazigo dos Capuchinhos no Cemitério Campo da Esperança em Brasília/DF.

Estava com 66 anos, 49 de vida religiosa e 41 de Presbítero.

Frade alegre, expansivo, grande orador e sempre primou pela simplicidade.

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