Necrologia

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Frei Rovílio Costa

20/08/1934
13/06/2009

Veranópolis - RS

 

Frei Rovílio Costa, 74 anos faleceu de ataque cardíaco fulminante, em casa, na manhã de sábado, 13 de junho. Foi velado na capela do Convento São Lourenço de Bríndisi e os funerais tiveram missa de corpo presente na matriz Santo Antônio, às 10 horas do do

 

Registro
Natural de Veranópolis, Capela São Francisco, nascido em 20 de agosto de 1934. Era o caçula dos sete filhos - dos quais um, Antônio, ainda vive -, de Amilcare Costa e Maria Moretti. Ingressou no seminário em 1946, vestiu o hábito capuchinho em 1952, ano em que fez o noviciado. Professou os votos em 1953 e recebeu a ordem do diaconato em 1959, na matriz Santo Antônio do Partenon, pelas mãos do arcebispo Dom Vicente Scherer.

 

Ordenou-se sacerdote em Veranópolis, em 26 de março de 1960, sendo ordenante o bispo capuchinho Dom Cândido Maria Bampi. Realizou os estudos fundamentais nos seminários capuchinhos. Cursou Filosofia no Convento São Boaventura, em Marau, licenciado, após, pela Faculdade de Filosofia de Ijuí, onde também licenciou-se em Pedagogia. Cursou Teologia nos conventos de Garibaldi e Porto Alegre.

 

Pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul é mestre em Orientação educativa/Psicologia da Educação, especialização em Planejamento e Livre Docente em Antropologia Cultural. Entre 1970 e 1990, fez mais de 30 cursos nas áreas da educação, teologia, pastoral e espiritualidade, análise transacional e línguas.

 

Informações pessoais
Foi professor na Universidade Federal e em muitas outras instituições. Participou de centenas de congressos, simpósios e eventos ligados à educação, antropologia, imigração italiana, povoamento do Rio Grande do Sul, no RS, no Brasil e em muitos países de todos os continentes. Nesse tema era reconhecido como a maior autoridade mundial.

 

Após atuar em várias casas formativas dos capuchinhos, no início dos anos 1970 começou a desenvolver seus projetos na área editorial e de publicações; integrou o departamento editorial da Editora Sulina, criou a Edições EST (Escola Superior de Teologia) e tornou-se um nome fundamental de toda a vida cultural de Porto Alegre. Entre edições e reedições, pela EST publicou mais de dois mil títulos. Em 2005 foi o patrono da Feira do Livro de Porto Alegre. Integrou o Conselho Estadual de Cultura do RS e é autor de inúmeras obras no campo da educação, da psicologia, da antropologia e da imigração italiana no RS.

 

Era colaborador de inúmeras publicações, entre elas do Correio Riograndense, onde respondia pela página Imigração com três seções: Vita, Stòria e Fròtole, El Ritorno de Nanetto Pipetta e Etnias (O italiano que está em mim).

Frei Gabrielangelo Caramore

27/08/1923
13/06/2015

Frei René Onzi

28/06/1924
13/06/2016

A Província dos Capuchinhos do Rio Grande do Sul e a família Onzi informam com pesar,  a morte  de frei René Onzi, 92 anos, ocorrido às 11h30, no Hospital Pompeia, em Caxias do Sul.

O velorio é realizado  na capela da Casa São Frei Pio/Convento Imaculada Conceição, bairro Rio Branco, em Caxias do Sul. Na terça-feira (14), a partir das 8h30, será velado  na igreja dos Capuchinhos no  bairro Rio Branco, às 10h30 haverá missa de preces de despedida.

O sepultamento acontece no jazigo de familiares, no cemitério do Desvio Rizzo, bairro Desvio Rizzo, Caxias do Sul.

 

Historico

     Hospitalizado desde o dia 7 de junho no Hospital Pompeia, em Caxias do Sul, por insuficiência respiratória, edema agudo de pulmão e insuficiência renal, frei René faleceu aos 92 anos de idade, 71 anos de vida religiosa capuchinha e 65 de vida sacerdotal.

          Filho de Luiz Onzi e Rosina Mezzomo, nasceu no Travessão São Virgílio, interior de Caxias do Sul, em 28 de junho de 1924. Foi batizado e crismado na paróquia da Conceição, Segunda Légua, e ingressou no Seminário São José, em Veranópolis, em 1937. Vestiu o hábito capuchinho ao iniciar o noviciado no início de 1944, fazendo a profissão dos votos na Ordem em janeiro de 1945. Em Garibaldi, recebeu as ordens do diaconato e do presbiterato das mãos de Dom José Barea, respectivamente em 23 e 24 de dezembro de 1950.

     Como religioso, viveu nas fraternidades capuchinhas de Flores da Cunha, Marau, Garibaldi, Porto Alegre (Convento São Lourenço de Brindesi e São Judas Tadeu), Lagoa Vermelha (em três períodos), Ipê, Caxias do Sul (Imaculada Conceição [em três períodos] e Casa Provincial), Vacaria (em três períodos), Soledade e Veranópolis.

     Após os estudos de Filosofia e Teologia (nos conventos de Marau, Garibaldi e Porto Alegre), trabalhou durante 60 anos nas mais diversas atividades, como educador e professor em colégio público e em seminários, reitor do seminário de Ipê, secretário provincial, diretor de várias emissoras de rádio (Cacique de Lagoa Vermelha, São Francisco de Caxias do Sul, Fátima de Vacaria), diretor de programação de rádio (Fátima de Vacaria, Cristal de Soledade e Veranense de Veranópolis), capelão hospitalar (Sanatório Partenon), conselheiro provincial em dois triênios (entre 1975 e 1981) e guardião de três fraternidades (Ipê, Vacaria e Lagoa Vermelha) durante quatro triênios. Destacou-se na programação religiosa de emissoras, onde atuou, com pequenos intervalos, durante 50 anos, entre 1961 e 1912.

      Além dos estudos filosóficos e teológicos, frei René fez inúmeros cursos de atualização, especialmente nas áreas da comunicação social, liturgia para rádio e TV e pastoral litúrgica, tendo participado de forma intensa nas programações do Instituto Pastoral Sul 3/Escola de Comunicações Sociais, na década de 1970.

     Em 1975, celebrou o jubileu de prata de vida presbiteral na Paróquia Imaculada Conceição de Caxias do Sul; em 2000, o jubileu de ouro de vida presbiteral e, na véspera do Natal de 2010, celebrou festivamente 60 anos de vida sacerdotal. Já em janeiro de 2015, foram lembrados seus 70 anos de vida religiosa. Ainda em 1999, recebeu o Troféu AGERT pelos “30 anos de vida no rádio”. De 1964 a 1966 foi Presidente da Associação Comercial de Lagoa Vermelha. Em 1994 recebeu o título de Cidadão Lagoense, da Câmara Municipal de Vereadores de Lagoa Vermelha.

      Desde junho de 2012 passou a viver na Casa São Frei Pio, em Caxias do Sul, para cuidados da saúde, relativamente intensos e constantes.

      Foi um capuchinho e um sacerdote que exerceu sua missão especialmente através do rádio. Tinha grande preocupação em se manter sempre atualizado, através de leituras, e mantinha o receptor de rádio ligado em todos os momentos do dia, pois queria acompanhar tudo o que estivesse ocorrendo

Frei Guilherme João Potratz

24/06/1931
14/06/2014

* 24.06.1931 – Jaborá/SC

† 14.06.2014 – Butiatuba/PR

Frei Guilherme João Potratz filho de Júlio Potratz e de Clorinda Cazarim, nasceu em Jaborá-SC, aos 24.06.1931, lugar que pertencia à Diocese de Lajes-SC, hoje de Joaçaba-SC. Ali também foi batizado aos 18.08.1931 por frei Dimas Wolf, OFM. O bispo diocesano de então, Dom Daniel Hostin, OFM, crismou-o ao 16.02.1935 na capela de Jaborá-SC. Na capela de São Roque, município de Jaborá, recebeu a primeira eucaristia aos 17.08.1943.

Durante o período dos cursos de filosofia e teologia, frei Guilherme emitiu a profissão perpétua aos 25.04.1960, na igreja Nossa Senhora das Mercês, em missa presidida por frei José Vitalino Galvan. No mesmo período foi recebendo as ordens sacras: Leitorato (17.03.1962, em Curitiba), Acolitato (12.08.1962, em Ponta Grossa), Diaconato (30.03.1963 em Curitiba). Finalmente, foi ordenado presbítero aos 21.12.1963, na igreja Nossa Senhora das Mercês, por Dom Jerônimo Mazzarotto, bispo auxiliar de Curitiba-PR. Celebrou sua primeira Missa solene junto a seus familiares e parentes em Céu Azul-PR aos 29.12.1963.

Além dos estudos normais para o presbiterato, participou de curso de Franciscanismo no Cefepal, de renovação pastoral e bíblica, da terceira idade e do curso do CEBI.

Fraternidades e encargos - Frei Guilherme residiu nos seguintes lugares, após sua ordenação presbiteral: Curitiba, (1964); Santo Antônio da Platina, (1965-1966); Butiatuba, (1967-1968); Siqueira Campos, (1969-1981); Ponta Grossa, São Cristóvão, (1982); Boa Vista da Aparecidinha, (1983); Rio Branco do Sul, (1984-1985); Bandeirantes, (1986); Cap. Leônidas Marques, (1987); Butiatuba, (1988); Missionário (1988-1996); Reserva (1996-1997); Foz do Iguaçu, (1998- 1999); Curitiba, Casa de Oração (2000); Convento N. Sra. das Mercês, Curitiba, (2001-2003); Foz do Iguaçu (2003-2005); Ponta Grossa na paróquia Bom Jesus, (2006-2008); Florianópolis, (2009-2011); Joinville, noviciado (2012-2014).

Nestes lugares assumiu estes encargos: vice mestre dos noviços, orientador espiritual dos noviços, mestre de noviços, vice superior e vice-diretor dos irmãos, professor, guardião, ecónomo local; vigário paroquial, pároco, missionário popular.

Nas paróquias, diante de dívidas, não media esforços e sacrifícios para deixar tudo em dia.

Mesmo doente e hospitalizado, tomou-se a alegria dos doentes que o rodeavam e apreciavam suas atitudes. Expandia alegria e otimismo. Dizia: “Quem brinca morre; quem não brinca também morre! ”; “Os outros têm que ver em nós que somos alegres e felizes em nossa vocação”.

Louvamos a Deus pelos seus quase 83 anos de vida, 57 anos de vida capuchinha e 50 anos de vida presbiteral.

Frei Luiz de Cimitile

04/09/1837
15/06/1902

04.09.1837 - Cimitile/Itália
31.10.1902 - Cimitile/Itália

Frei Luiz de Cimitile (Michele Mercogliano) nasceu em Cimitile (Província civil de Nápoles) aos 4 de setembro de 1837. ra filho de Felice Mercogliano e Maria D'Amore. Entrou na Ordem Capuchinha na província de Nápoles, recebendo o hábito no dia 24 de dezembro de 1854, em S. Agnello di Sorrento com o nome de Frei Silvestre de Cimitile. Foi admitido à profissão aos 9 de dezembro de 1855, neste mesmo local e os votos perpétuos, aos 15 de abril de 1858. (Não se sabe por que trocou o nome de Silvestre para Luiz). Foi ordenado sacerdote aos 8 de dezembro de 1861.

Chegou ao Brasil em janeiro de 1865, como missionário apostólico, acompanhado pelos padres: Frei Jerônimo de Montefiore e Frei José Maria de Loro. Esteve um ano no Rio de janeiro, onde os capuchinhos tinham a sede do Comissariado Geral das Missões junto à Corte. Era Comissário Geral, nesta época, Frei Caetano de Messina. A ele cabia a tarefa, de acordo com os funcionários do Império, de destinar seus confrades às diversas regiões da Missão.

Assim, por sugestão do então ministro da Agricultura, o conselheiro Jesuíno Marcondes de Oliveira e Sá, paranaense de nascimento, Frei Luiz foi designado para aquela província, «onde, à disposição da Presidência da mesma Província que se entendendo com Frei Timóteo de Castelnuovo o empregara na Catequese e Civilização dos índios».

No Paraná, Frei Luiz chegou aos 9 de janeiro de 1866, na colônia militar de Jataí, e mais precisamente no aldeamento de São Pedro de Alcântara, ficando não mais de um ano,, o tempo suficiente para ganhar, com Frei Timóteo, a necessária experiência que enriqueceu nos posteriores trabalhos a ele confiados. Isto nos leva a crer que, no contato com o velho mestre Frei Timóteo, tenha-se familiarizado com a língua dos nativos.

Por mais de dez anos esteve Frei Luiz no Aldeamento de São Jerônimo. Retornando a São Pedro de Alcântara, foi enviado por Frei Timóteo, no início de 1876 para dirigir o novo Aldeamento de Santo Inácio do Paranapanema, fundado no lugar da histórica redução jesuítica de Santo Inácio-Mini.

Sobre os belicosos caingangues, Frei Luiz deixou uma pequena mas preciosa monografia, publicada em Curitiba (1882) sob o incentivo do então Presidente Carlos Augusto de Carvalho, com o título: Memória dos costumes e religião da numerosa tribo dos Camés que habitavam a Província do Paraná. O valor desta obra é indiscutível. "Cabe a Frei Luiz o mérito de ter sido o autor da primeira monografia de caráter etnográfico, em língua portuguesa, sobre os caingangues do Paraná" (F. Loureiro).

Trabalhou por 10 anos no Aldeamento de São Jerônimo da Serra, levandoo à prosperidade. Este homem de «têmpera dinâmica, enquanto conseguia a escola e realizava a instrução religiosa, realizou um plano de obras: construção de casas, estradas, canalização de água, que deram ao aldeamento um grande progresso; ao mesmo tempo ampliou a agricultura, procurou o número dos primitivos e de famílias civilizadas. Em 1880 São Jerônimo contava mais de 400 índios já convertidos e semicivilizados» (Metódio da Membro)

O dinamismo de Frei Luiz não se limitou a São Jerônimo, centro catequético, mas expandiu sob o aspecto agrícola e social, numa das mais vigorosas realizações com a fundação da «Colônia Dantas Filho», altamente elogiada pelas autoridades brasileiras de então.

Em 15 de janeiro de 1881 Frei Luiz deixou São Jerônimo e foi a Guarapuava para realizar outras misses.

Em 1882 viajou para a Itália, com intenção de trazer mais missionários. Por um ano dirigiu os trabalhos na construção da Catedral de Curitiba, de novembro de 1883 a outubro de 1884. A seguir, o governo encarregou-lhe um importante trabalho em Santa Catarina: trabalhar com os os colonos italianos de Urussanga, apaziguando os índios Botocudos que haviam atacado a dita colônia, tendo massacrado alguns emigrantes. Havia um clima de guerra entre os índios e os colonos. Frei Luiz havia conseguido alguns indiozinhos botocudos (quatro meninos e uma menina). Batizou-os em Desterro (atual Florianópolis), para ver se conseguiria atrair índios adultos por meio deles. No início não obteve nenhuma aproximação. Decidiu ficar em Urussanga com os colonos. Por fim, tornou-se líder dos imigrantes e dos índios. Ali construiu a igreja matriz. Esteve em Santa Catarina até 1887. Estava relativamente bem quando recebeu uma daquelas inesperadas transferências para a Amazônia. Não aceitou, alegando cansaço e falta de saúde. Voltou, então para a Itália.

Em Roma foi nomeado diretor do Colégio Missionário São Fidélis.

Faleceu em sua cidade natal, com 65 anos de idade, aos 15 de junho de 1902.

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