Necrologia

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Frei Terêncio Zancanaro

25/02/1933
23/04/2015

Zancanaro morreu nos primeiros minutos da quinta-feira, 23 de abril, em consequência de pneumonia e infecção generalizada (choque séptico), no Hospital da Unimed, em Caxias do Sul. 
Foi velado na igreja matriz São Luiz em Ipê, às 15 horas, com missa de corpo presente seguido de sepultamento no jazigo dos capuchinhos no Cemitério Municipal de Ipê.
Estava hospitalizado desde o dia 2 de abril em consequencia de infecção respiratória; no dia seguinte foi transferido para o C.T.I. com arritmia cardíaca. Nos últimos dias o quadro se agravou, apresentando hemorragia intestinal e função renal paralisada. Tinha 82 anos e 62 de vida religiosa como irmão capuchinho na Província do Rio Grande do Sul.

Historia:
Nasceu em 25 de fevereiro de 1933, no Distrito de Ametistas, depois Campo do Meio (município de Passo Fundo), filho de Celeste Zancanaro e Amélia Tomé, registrado com o nome de Dionizio. Ingressou no Seminário São José, em Veranópolis, em janeiro de 1947 e recebeu o hábito capuchinho em janeiro de 1952, ocasião em que recebeu o nome religioso de Frei Terêncio de Marau. Fez o ano de noviciado em 1952 e a profissão na Ordem Capuchinha em 25 de janeiro de 1953, no Convento Sagrado Coração de Jesus de Flores da Cunha.

A partir de 1953, durante 30 anos, exerceu a função de horticultor nos conventos de Garibaldi e de Ijuí e nos seminários N. Sra. de Fátima de Ipê e São José de Veranópolis. Nesse período, no entanto, durante 18 anos, foi tratorista nas atividades de preparação da terra, semeadura e transporte, nas granjas São José (André da Rocha) e N. Sra. de Fátima (Ipiranga do Sul).

Quando cessaram as atividades nas granjas, passou a dedicar-se aos serviços gerais (horticultura, carpintaria, construções e manutenção) no Seminário de Vila Flores (1980 a 1984), Instituto da Criança e Adolescentes, de Bagé (1985-1987) e, desde 1988, na Fraternidade N. Sra. de Fátima, de Ipê.

Assim, além das atividades, como irmão capuchinho integrou as fraternidades de Garibaldi (logo após a profissão), Ipê, Veranópolis e Marau (dois períodos em cada uma), Ijuí, Vila Flores e Bagé.

Em 25 de janeiro de 1978, na então Granja de São José, celebrou seu jubileu de Prata de vida religiosa. Homem de poucas palavras, no convite-lembrança do evento escreveu: “Durante 25 anos de irmão capuchinho dediquei minha vida trabalhando nos seminários e nas granjas para o sustento dos seminaristas. Hoje me sinto feliz porque, com a graça de Deus, sempre servi jovens que desejam ser frades menores capuchinhos. Sou um religioso feliz porque fiz do meu trabalho um Apostolado”.

Já em 3 de fevereiro de 2013, na Capela São Bráz, em Ipê, festejou solenemente seus 60 anos de vida religiosa, juntamente com freis Germano Miorando, Honorato Simionato, Vitório Grison, Raimundo Costella, Raul Suzin, Amâncio Macagnan e Vicente Pasinatto (estes dois últimos já falecidos).

Desde 1988 passou a conviver com uma arteriosclerose progressiva. Em 2003 iniciaram as frequentes consultas médicas, internações e cirurgias (várias vezes por insuficiência cardíaca, varizes em ambas as pernas, implante de válvula no coração, desobstrução de ventrículo cardíaco, colocação de marca passo, erisipela, edemas e infecções nos membros inferiores, baixa de plaquetas etc).

No início de abril deste ano foi internado no Hospital da Unimed com um quadro grave causado por infecção respiratória e arritmia cardíaca; em regime de CTI, respirava por aparelhos e em coma induzido por sedação. No último dia 16, ainda no CTI, passou por traqueostomia para que a respiração mecânica não fosse mais pela boca, mas diretamente na traqueia; na mesma ocasião foi colocado um dreno de tórax no pulmão direito para liberá-lo de líquidos e coágulos. Desde o dia 20 seu quadro piorou devido a hemorragias e infecção.

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