Após os estudos secundários foi enviado à Província da Lombardia em 1924. Fez o noviciado no convento de SS Anunciada e cursou Filosofia e Teologia. Fez sua profissão simples em 08 de setembro de 1925. Foi ordenado presbítero no Duomo (Catedral) de Milão no dia 02 de agosto de 1931 por imposição das mãos do beato Cardeal Ildefonso Schuster.
Regressou ao Brasil em 1932, Foi Missionário na então Prelazia de Grajaú-MA de 1932 a 1936. Em 1935 trabalhou em Abaetetuba-PA que estava sem pároco e que sucessivamente seria confiada à fraternidade de Belém.
Transferido para Guaramiranga-CE, no estudantado inter-custodial lecionou filosofia de 1937 a 1940, ano em que volta a São Luís-MA como vigário do Anil. Dois anos depois (1942 voltou ao Ceará e lecionou matemática no Seminário Seráfico de Messejana. Em 1944 esteve em Teresina-PI. Em 1945 foi confessor na Igreja do Sagrado Coração de Jesus. Transferido para Belém em 1947 permanece lá até 1950, desdobrando-se nas missões, nas visitas pastorais e nas pregações até adoecer.
Voltou de novo ao Ceará como confessor na Igreja do Sagrado Coração de Jesus e no ano sucessivo foi ao Leprosário de Antônio Diogo onde ficou a década. Em 1962 subiu a serra de Guaramiranga como capelão de Pernambuquinho-CE. Em 1970 voltou para Antônio Diogo ficando aí até 1995. Sua última destinação foi o convento do Sagrado Coração de Jesus de Fortaleza, onde viveu como ancião muito querido da nova província São Francisco das Chagas.
Dedicado aos leprosos. Fascinado pela missa que jamais deixava de celebrar mesmo quando viajava de ônibus. Era fascinado por questões teológicas. Tornou-se um exemplo de piedade. Só se interessa pelas coisas de Deus.
Ele executava sem dissonâncias: o religioso capuchinho pobre, desprendido, simples, austero e habituado à regular observância (aos 97 anos levanta-se às 4h da manhã, recitava todas as horas canónicas, celebrava 02 missas, ouvia confissões...) e o religioso franciscano, alegre, espontâneo, comunicativo, espirituoso, contador de histórias e anedotas, atualizado, dando a impressão que era realizado e feliz.
Em 1985 o governador do Ceará lhe conferiu a medalha da abolição pelos relevantes serviços prestados aos hansenianos. Seu corpo antes de ser tumulado no Cemitério São João Batista, foi até Antônio Diogo, onde uma grande multidão se despediu do venerado capelão, carinhosamente chamado de “o capuchinho dos hansenianos”.
Faleceu aos 98 anos de idade.