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Páscoa de Frei Flávio Trindade

09/05/2015 - 17h08
Faleceu na manhã do dia 05 de maio, aos 78 anos, Frei Flávio Trindade Santos.

Após ser internado e passar por uma delicada cirurgia no dia 29/04, Frei Flávio Trindade Santos faleceu na manhã dessa terça-feira, 05/05, em Uberlândia (MG). 

 

O corpo foi velado em Uberlândia no mesmo dia 05. Naquela noite, foi celebrada eucaristia com grande participação dos fieis e do clero local, sob presidência de Dom Cláudio Nori Sturm OFMCap, Bispo Diocesano de Patos de Minas, e Dom Paulo Francisco Machado, Bispo Diocesano de Uberlândia.

 

Na quarta-feira, 06/05, o velório continuou na Igreja da Pompeia, em Belo Horizonte. Às 10h, Dom Francisco Barroso Filho, bispo emérito de Oliveira, presidiu a eucaristia, concelebrada por frades de todas as Fraternidades da Província. Logo após a missa, o corpo foi sepultado no Cemitério da Saudade, em Belo Horizonte.

 

Muitos paroquianos, amigos, capuchinhos e outros religiosos e religiosas acompanharam com angústia esses dias de sofrimento e enviaram suas mensagens de confiança e solidariedade. 

 

Biografia

 

Flávio Trindade nasceu em Rio Doce, próximo a Ponte Nova (MG) aos 06 de julho de 1936, filho de José Costa Santos e Maria das Mercês Trindade Santos. Ingressou inicialmente na Arquidiocese de Mariana, onde foi ordenado diácono em 06 de março de 1966 e presbítero em 29 de junho do mesmo ano. Depois, ingressou na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Iniciou o Noviciado no dia 21 de julho de 1972, em Patos de Minas, tendo como Mestre ad hoc Frei Carlos Fabiano. Fez a Primeira Profissão religiosa aos 26 de julho de 1973 e a Profissão Perpétua três anos depois, aos 27 de julho de 1976.


Frei Flávio permaneceu em Patos de Minas como cooperador pastoral e diretor dos estudantes até janeiro de 1978, quando foi transferido para Uberaba. Esse ano foi particularmente confuso: em março, Frei Flávio foi enviado a Uberlândia, para abertura da nova Fraternidade; em agosto, retirou-se para Cambuquira, para tratamento de saúde. Lá ficaria até 1981 quando, já instalada a Província dos Capuchinhos de Minas Gerais, Frei Flávio voltaria a Uberaba como vigário da Fraternidade e cooperador pastoral. O Capítulo Provincial de 1984 confirmou sua permanência em Uberaba, agora como guardião da Fraternidade e pároco da Paróquia Santa Teresinha. 


Em 1987, ano em que foi fechada a Fraternidade de Uberaba, Frei Flávio foi enviado a Carmo do Paranaíba, onde assumiu as funções de guardião da Fraternidade e pároco da Paróquia Nossa Senhora do Carmo. Em 1990, o 4° Capítulo Provincial lhe confirmou esses mesmos serviços, que exerceu até o fim do triênio, quando foi transferido para Belo Horizonte como vigário da Fraternidade e pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia. 


Ainda em Belo Horizonte, em 1996, Frei Flávio iniciou o Mestrado em Teologia no então Instituto Santo Inácio (hoje, Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia). Por conta dos estudos, viajou à Europa. De volta a Belo Horizonte, no ano seguinte, defendeu a dissertação: “o Futuro nos Escritos Escatológicos de Karl Rahner”. Nesse momento, Frei Flávio já se dedicava à pregação de retiros e assessorias nas áreas de teologia e espiritualidade, atividade que exerceu com zelo e que lhe rendeu tanto carinho por parte de diversas congregações religiosas e dioceses.
Em 1998, foi nomeado guardião da Fraternidade de Uberlândia e vigário da Paróquia São Sebastião. Em 2001, foi designado vigário da nova Fraternidade formativa São Francisco de Assis, também em Uberlândia. Nesse tempo, colaborou na formação dos postulantes e atuou como “livre docente”, ou seja, exercia livremente a docência em nome da Província. 


Frei Flávio voltou a Belo Horizonte em 2004, como diretor de estudos do Pós-Noviciado de Filosofia e Teologia. Entre 2007 e 2011, viveu em Governador Valadares, onde foi guardião da Fraternidade, orientador vocacional e assistente da Ordem Franciscana Secular. 
Finalmente, em 2011, Frei Flávio retornou a Uberlândia. Desde então, auxiliava nos trabalhos paroquiais, lecionava na Faculdade Católica de Uberlândia e no Seminário Maior da Diocese de Patos de Minas, prestava assessorias e pregava retiros espirituais.


Na manhã da quarta-feira, 29 de abril de 2015, os irmãos da Fraternidade de Uberlândia encontraram Frei Flávio inconsciente. Imediatamente, o levaram ao hospital, onde os exames revelaram a existência de um coágulo cerebral. A cirurgia para sucção do coágulo foi feita naquela mesma tarde. Entretanto, Frei Flávio foi acometido de uma crise, razão pela qual voltou à UTI. Na tarde do dia 03 de maio, o diagnóstico asseverava que seu estado gravíssimo era irreversível. Enfim, às 06h30min do dia 05 de maio, Frei Flávio faleceu. Toda a Província, seus familiares e amigos, tantas pessoas agradecidas por terem partilhado da riqueza de suas palavras, acompanharam com angústia a dolorosa espera de seus últimos dias; até poderem, afinal, entregar a vida de Frei Flávio ao Mistério que ele tanto amou.

Fonte: Capuchinhos do Brasil /CCB

Por Frei João Ferreira Júnior (Cúria MG)

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