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O Papa Francisco reconheceu as virtudes heroicas de dois Capuchinhos e uma Clarissa Capuchinha

08/04/2019 - 10h06
Frei Damião, o "santo nordestino", passa a ser Venerável.

No último sábado, dia 06 de abril, o Papa Francisco recebeu o cardeal Angelo Becciu, prefeito da Congregação das Causas dos Santos. Durante o encontro, o Santo Padre reconheceu as virtudes heroicas de dois frades Capuchinhos e de uma Clarissa Capuchinha.

Um dos Frades é Frei Damião de Bozzano, de origem italiana e que chegou ao Brasil em 1931. Durante todo o tempo vivido em solo brasileiro, dedicou sua vida ao auxílio dos mais pobres e marginalizados, além de difundir pelo nordeste as Santas Missões dos Capuchinhos, que eram um momento dedicado à visitas, à oração e à penitência com todo o povo. Todos os povoados por onde passavam as Santas Missões se colocavam em posição de escuta e acolhida da palavra de Deus, pela presença dos diversos missionários, tanto frades quanto leigos.

Frei Damião é conhecido em todo o país, de modo especial na região Nordeste, onde é conhecido como o "santo nordestino".Na fase atual, Frei Damião passa a ser Venerável. Esse título faz parte do processo de canonização, que inclui as declarações de: "Servo de Deus", "Venerável", "Beato" e, enfim, "Santo".

O Papa Francisco também reconheceu as virtudes heróicas do Servo de Deus Frei Raffaele de Sant´Elia a Pianisi, religioso da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, nascido em 14 de dezembro de 1816. Frei Raffaele faleceu em Sant´Elia a Pianisi em 06 de janeiro de 1966.

A Clarissa Capuchinha Consolata Betrone, nascida em 06 de abril de 1903 e falecida em 18 de julho de 1946, também entrou na lista dos que tiveram suas virtudes reconhecidas pela Igreja. Irmã Consolata foi uma mística capuchinha. No mosteiro, trabalhou como cozinheira, porteira e sapateira. Em julho de 1939, foi transferida para o Mosteiro de Moriondo Moncalieri (Turim), onde exerceu os ofícios de enfermeira e secretária. Consolata foi uma monja fiel ao seu tempo. Durante a apresentação do relatório do início do processo de sua beatificação, assim foi dito sobre a monja capuchinha:

Humilde e grande, activa e contemplativa, serena e atormentada, sofredora e cheia de alegria, Consolata levou uma vida linear, conciliando em si todos os aspectos contrastantes e unificando tudo no ardente amor de Deus. Tendo sido tentada, ela própria, por longo tempo e intensamente, mostrou uma delicada compreensão para com os pecadores, especialmente para com as almas consagradas que tinham prevaricado, e oferecia a Deus pela sua conversão todas as suas penas e dores, acabando por oferecer a sua própria vida.

 

Oração para Beatificação da Irmã Consolata
Pai de toda a misericórdia, 
Vós suscitastes no meio de nós 
a vossa serva 
Irmã Maria Consolata Betrone
para difundir no mundo 
o incessante amor 
ao vosso Filho Jesus 
no simples caminho 
de confiança e amor.
Tornai-nos também nós capazes de, 
guiados pelo vosso Espírito,
sermos ardentes testemunhas 
do vosso amor 
e, na vossa imensa bondade, 
concedei-nos,
pela sua intercessão,
as graças 
de que necessitamos.
Por Cristo nosso Senhor. 
Amem.

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Fonte: vaticannews.va

Fonte: Capuchinhos do Brasil /CCB

Por Frei Douglas Leandro de Oliveira (Cúria MG)

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