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Congresso da Vida Consagrada - CLAR

21/06/2015 - 13h13
Bogotá - Colômbia, 18 a 21 de junho, 2015 - Breve relatório sobre o congresso

Dia 18 - Conferencia: onde a vida clama (Mons. Pierre Jubinville)

 

- Ser, escrever e contar a história da VC segue sendo muito importante, pois fazendo história impactando com nosso olhar e percepção.

- É preciso perceber as implicações do mundo na Igreja e vice-versa, deixando com que os sinais dos tempos possam nos impactar.

- Há um apelo para que façamos, não esperemos: Aparecida é uma luz (que oremos, tenhamos contato, que saiamos como discípulos missionários... como propósito de conversão do missionário).

- Juventudes: assumir-se como adulto, renunciar a ser jovem para ser referência e testemunho; aproximação respeitosa como pessoas significativas para os jovens;

- Os desafios para a VR deve ser todos os desafios dos batizados e batizadas, pois todos contemplam a partir da fé cristã.

- A Igreja é corpo, não ideia e não se muda de um dia para o outro (refletir a partir do corpo pessoal). Somos instituição e devemos encontrar sentido nas crises institucionais que estão postas.

 

Dia 19 – Ir Mercedes Casas: hermenêutica do ícone de Betânia

 

Uma pessoa sem convicções é como uma onda do mar, vai para onde o vento sopra; porém é preciso pensar sobre quais são nossas convicções, se têm sua base na pratica de Jesus de Nazaré, capaz de nos impulsionar. Isto será possível se estivermos atentos (as) à palavra, sensíveis aos seus apelos. É preciso nos deixar conduzir cotidianamente pela palavra, sendo mistagógicos.

 

– Horizontes da VC diante do pontificado do Papa Francisco (D João Braz de Avis)

 

O Papa Francisco é um dom para Igreja; sendo religioso trouxe para dentro da Igreja a reflexão e valorização da VC; foi visto com maior atenção a diminuição vocacional; fez mudar o foco, de se pensar em fechamento de instituições e encerramento de congregações, convidou sair de si mesma para ir em missão, para ser uma Igreja em saída;

 

Dia 20 – Vida evangélica, paixão pelo Evangelho: Hermenêutica do Conc. Vat. II (P. Víctor Codina)

 

- A VC foi o seguimento eclesial que mais à sério levou o concilio, se tornando sinal do Reino na sociedade. Esta proposta enfrentou e enfrenta, grandes desafios diante do laicismo, individualismo e outras ideologias ligadas ao sistema capitalista. Tudo isto trouxe grandes impactos à VC (falta de vocações, envelhecimento, desanimo...).

- De um inverno, passamos a uma primavera com a eleição do Papa Francisco; fazendo com que a Igreja saísse de si mesma para olhar para os problemas sociais; uma Igreja que respeita as diferenças e abre as portas para todos; de uma Igreja carreirista para pastores que tenham o cheiro das ovelhas; de uma Igreja envelhecida, para uma Igreja nova e inspiradora; de uma Igreja machista e clerical, para uma Igreja dialogal e includente. Com o Papa Francisco a Igreja deve ser misericordiosa, que sai para as periferias, sendo fermento social.

 

- Partilha dos superiores gerais das conferencias congregacionais (UISG...)

 

- A multiculturalidade tem sido uma realidade com a qual o mundo tem se deparado e nem sempre consegue lidar bem com esta diversidade. Para integrar estas diversidades é preciso identificar a identidade cultural, bem como as virtudes e limites de cada membro. As diferenças podem enriquecer, desde que se caminhe para a comunhão sabendo lidar com os conflitos. Este aprendizado deve nos preparar para saída, para as periferias da vida, para os mais necessitados.

- Diante do laicismo e frieza instalada na Europa, a VC é convidada a contribuir com o calor carismático que lhe confiada pelo Senhor. Deve ter uma pratica incisiva e coerente com sua espiritualidade, capaz revigorar a fé nesta realidade tão desafiador. Sendo especializada na vida comunitária, pode ser uma alternativa frente ao individualismo.

- A realidade no Canadá e USA é bastante parecida: diminuição de vocação e migrações intensas (haitianos, africanos...). A forma de ser profeta nestas terras do norte das Américas passa pelo cotidiano, porém sem se perder no comum, mas ver além do que está posto, estando ao lado dos mais fracos e excluídos. Outros espaços de atuação da VC, como escolas, como espaços de formação, é desastroso (famílias destruídas, alcoolismo...). O diferencial dos USA, diz respeito as investigações iniciadas a respeito da VC feminina. O diálogo iniciado pela conferencia, por virtude destas investigações, fortaleceram os laços entre a VC feminina e com o bispo que as acompanhava, pois se sentiram acolhidas e compreendidas.

 

- Painel sobre as Novas Gerações

 

Quatro temas que foram refletidos durante este processo feito nas Regiões e no congresso:

1 - Duas intuições sobre a intergeneracionalidade:

- Diálogo como lugar de revelação, de aproximação do diferente. Onde se dão consensos e dissensos. Lugar de aprendizado, onde se escuta e se fala. É uma construção intergeracional.

- Discernimento contínuo, como processo e não como momento estanque. Este se dá pessoal e comunitariamente

2 – Sobre a formação é preciso ter a mentalidade de que esta deve ser continuada, tendo como base a comunidade formativa. Se perguntar diante das interpelações atuais, como podemos aprender com as mesmas (Ex: por que preferimos estar conectado e não comunicado presencialmente).

3 – Nossa missão passa por compreender onde estamos e para onde vamos, a partir de quais valores.

4 – Sobre a identidade da NG se compreende como ser e não fazer, cuidando para que não haja uma instrumentalização da mesma.

 

Dia 21

 

- Novas Gerações: Cultivar processos de humanização; medos, fracassos, esperanças e energias; exercício de escuta; viver a utopia do Reino; fazendo um caminho sincero diante das fragilidades; aprofundar as relações fraternas a partir do amor Trinitário; ter o tema gênero como eixo transversal; ter a misericórdia e profecia como paradigmas que nos movam.

- Mudanças sistêmica e empobrecidos: criar e fortalecer os grupos de tráfico de pessoas; investir em projetos de solidariedade; que a CLAR acompanhe melhor os religiosos que estão no Haiti.

- Interculturalidade e intercongregacionalidade: estabelecer espaços para convivência e partilha sobre estes temas; que tenhamos formações que nos ajudem sair de paradigmas racistas, machistas..., ajudando-nos no processo de inclusão diante da misericórdia; trabalhar com alianças e redes que tratam destes temas; que a CLAR recrie a equipe afro-indígena.

- Sobre diálogo eclesial, carisma e laical: saber acolher a diversidade como dom; vencer a indiferença, abrindo novos espaços missionários com a intercongregacionalidade e inclusão do leigo(a); cuidar da pastoral familiar;

Fonte: Capuchinhos do Brasil /CCB

Por Frei Rubens Nunes da Mota (Fraternidade Nossa Senhora de Fátima - Pós-Noviciado (Teologia))

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